A Parábola do rico e Lázaro ensina que os mortos estão como que “vivos”, conscientes?

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“Nos capítulos 15 e 16 de Lucas, Cristo apresenta várias parábolas em resposta à preconceituosa discriminação dos escribas e fariseus para com as classes marginalizadas da época (Lc 15:1 e 2; 16:14 e 15). A parábola de Lucas 16:19-31, que aparece no final desses dois capítulos, é caracterizada por um forte contraste entre “certo homem rico” e bem vestido (verso 19) e “certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas” (verso 20). O relato ensina pelo menos duas grandes lições. A primeira é que o status e o reconhecimento social do presente não são o critério de avaliação para a recompensa futura. Em outras palavras, aqueles que, à semelhança dos escribas e fariseus, se julgam mais dignos do favor divino podem ser os mais desgraçados espiritualmente aos olhos de Deus (comparar com Mt 23).

A segunda lição é que o destino eterno de cada pessoa é decidido nesta vida, e jamais poderá ser revertido na era vindoura, nem mesmo pela intervenção de Abraão (Lc 16:25 e 26). A referência à impossibilidade de Abraão salvar o homem rico do seu castigo reprova o orgulho étnico dos fariseus, que se consideravam merecedores da salvação por serem descendentes de Abraão (ver Lc 3:8; 13:28…)” Alberto Tim.

“A compreensão das circunstâncias em que esta parábola foi dada por Jesus, é extremamente importante. Por quê? Porque, naquele tempo, havia muitos na nação judaica que se encontravam na mesma condição lastimosa do rico, ou seja, usando egoística e inadequadamente as suas riquezas. Muitos judeus, por serem descendentes de Abraão, achavam que a salvação lhes estava garantida.

Qual, portanto, o propósito da parábola? A resposta é óbvia. De uma maneira bastante vívida, revela como termina o tempo de graça para o homem com sua morte. Após isso, ele não tem uma segunda oportunidade. Esta parábola serve para demonstrar o desesperançado futuro dos infiéis.

Muitas pessoas, no entanto, acham que a parábola representa os mortos como indo para um estado intermediário, onde os justos são tratados amorosamente por Abraão, num lugar denominado “seio de Abraão”, e os ímpios, noutro lugar, mantidos numa condição de tormento. Apoia a Bíblia essa crença? Se esta interpretação fosse verdadeira, as Escrituras Sagradas seriam incoerentes, visto que negam insistentemente um estado intermediário.

O diálogo entre Abraão e o homem outrora rico, é figurativo. 0 importante é o propósito da parábola: “A lição a ser tirada dela é que a todo homem é dada suficiente luz para o desempenho dos deveres dele exigidos. As responsabilidades do homem são proporcionais às suas oportunidades e privilégios.” – Parábolas de Jesus, pág. 265. O rico da parábola, extasiado com as coisas do presente, não se preocupou com o preparo para a vida futura. O uso dos bens em favor dos pobres e o preparo para o Céu não teriam um novo período de graça.

Como se vê, esta parábola não pode ser usada como prova do estado intermediário do homem após a morte, mas tem a finalidade de revelar como termina o tempo de graça que lhe é concedido por Deus”. Rubens Lessa

Portanto, se eu hoje posso aceitar seguir a Cristo, devo fazê-lo agora mesmo, pois amanhã pode ser tarde demais. A Bíblia diz: Se hoje ouvirdes a Sua voz não endureçais os vossos corações.

E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará, João 8:32.

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