Romanos 14:5 – “Um faz diferença entre DIA e DIA, mas outro julga IGUAIS todos os DIAS…” O que Paulo ensinou nesse verso?

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“A Epístola aos Romanos além de ser um hino de exaltação à Lei Moral é também, por excelência, um doutrinal de justificação pela fé. E aqui, da mesma forma que se nota nas outras cartas paulinas, “os judaizantes” não lhe davam tréguas. No capítulo 14 desta Epístola, vemos suas garras sendo estendidas solertemente a fim de injetar a heresia da justificação pelas obras da Lei Cerimonial. Entretanto, abriremos os olhos para alcançar de forma clara o que Paulo diz neste capítulo para desanuviar a confusão gerada nos leitores atuais desta Epístola que pensam ter sido cancelado o sábado.

A pessoa sincera, que ainda não entendeu a santidade do quarto mandamento da Lei de Deus, pensa que neste texto Paulo o menospreza. Não, não é assim! O primeiro passo a dar para desvendar o assunto é descobrirmos de que DIA trata. Convém lembrar que este problema também ocorreu com os gálatas, e Paulo assim os repreendeu:

  • “Guardais dias, e meses, e tempos, e anos.” (Gálatas 4:10) – E também se deu com os crentes de Colossos:
  • “Portanto, ninguém vos julgue… por causa dos dias de festa, ou da Lua Nova, ou dos sábados.” (Colossenses 2:16).

Especificamente, neste texto, Paulo extravasa o assunto de maneira muito clara e abrangente assegurando que a exigência dos judaizantes em todos os lugares onde se infiltrassem era mesma: guardar diasmesestemposLuas Novas, que eram festivais sabáticos. Veja também em Guiados Para Vencer I: Comparando a Lei Moral e a Lei Cerimonial.

Isaías 1:13 Oséias 2:11 Amós 5:21 e 22 Jer. 6:20; 7:21 a 24
Miquéias 6:6 e 7 I Crônicas 23:31 Esdras 3:4 e 5 Jer. 14:12

Portanto o – DIA e DIAS – de Romanos 14:5, é o próprio de Gálatas, e também o mesmo dos Colossenses, que não é outra coisa senão as festas judaicas que compunha a Lei Cerimonial. Estes festivais obedeciam a um calendário anual e quando chegavam, o DIA era considerado sábado e revestido de toda a santidade conferida ao sábado do sétimo dia da semana. Estas cerimônias foram exigidas antes da morte de Cristo porque eram sombras de Cristo (Colossenses 2:17). Vindo Ele, acabou. A insistência dos judaizantes ao reviver tais festas era a pura recusa às doutrinas Cristocêntricas apresentadas por Paulo.

Como se vê, em tudo isso nada há contra o Sábado do sétimo dia da semana, que, como um mandamento da santa Lei de Deus, permanece como sinal entre Jeová e os Seus obedientes filhos (Ezequiel 20:20). Ainda que o Sábado tenha emprestado seu nome aos festivais cerimoniais nada tem a ver com eles. Lamentavelmente, o sábado semanal permanece hoje como o grande mandamento esquecido.

  • Por ocasião destes incidentes, todos guardavam o sábado (Atos 15:21).

O próprio Paulo o guardou em todas as suas viagens e estabelecimento de igrejas. Os apóstolos e discípulos guardavam o sábado. [Mateus 28:1; Marcos 15:42; Marcos 16:1; Lucas 23:54 a 56; Atos 13:14 e 27; Atos 13:42 e 44; Atos 17:2; Atos 18:1 a 4]. Paulo escreveu a Epístola aos Romanos no ano 58 d.C.

Jesus antes de morrer (31 d.C.) advertiu aos discípulos que não transgredissem o Sábado (Mateus 24:20), quando da destruição de Jerusalém, pelos romanos, que se daria em 70 d.C. (Portanto, 12 anos depois que Paulo escreveu aos romanos, o Sábado era guardado pelos discípulos solicitados por Cristo). Daí a conclusão coerente de que Paulo está se referindo aos DIAS (sábados cerimoniais) e nunca ao Sábado semanal, no capítulo 14 de Romanos.

 Tito 3:9 – “Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas, e nos debates sobre a lei, porque são coisas inúteis e vãs.”

 I Timóteo 1:4 – “Nem se dêem a fábulas, ou a genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificações de Deus, que consiste na fé; assim o faço agora”.

Paulo sempre encontrou acérrimos judaizantes em seu caminho, preocupados em promover debates acerca do ritualismo e fábulas judaicas. Estes dois textos dizem bem a preocupação do apóstolo em preservar seu rebanho da escravidão enfadonha da Lei Cerimonial que tais contendores desejavam acirradamente colocar em uso, em todos os lugares.

 Quanto à lei aí focada, você não deve confundir com a Lei de Deus cujos mandamentos são cunho moral. Efetivamente: não matar – não roubar – não adulterar – não ter outros deuses, não são futilidades, muitos menos coisas vãs, certo”?


Lourenço Silva Gonzalez, Assim Diz o Senhor, 5.ª ed., 1993

“Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente”.

Romanos 14:5

Esse texto estaria afirmando que agora foi liberado geral?

Absolutamente não.

Cada uma esteja seguro do que decidiu.

Se pela obediência ao Eterno e a Salvação em Cristo, ou sua perdição eterna.

Que nos decidamos pela primeira forma.

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