O 1o. Mandamento. Profunda reflexão. Alexandre Botelho

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PRIMEIRO MANDAMENTO (Lei de Deus)

Se perguntarmos a qualquer cristão, dito protestante, qual é o primeiro mandamento da lei de Deus; certamente responderá: “Não terás outros deuses diante de mim.” (Êxodo 20:3). Se prestarmos a devida atenção, o primeiro mandamento, tal qual o conhecemos, se demonstra incompleto. Isso, porque não me diz de quem se trata. Quem é mim? Uma análise mais atenta, nos mostrará que, é na verdade, última parte de outra anterior.

No livro do Êxodo, no capítulo vinte, iniciamos nossa leitura da seguinte forma: “Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo:” (Vs. 1). Notem, o texto termina com dois pontos; indicando que, dali em diante, algo mais enfático terá lugar. Sabemos que o escritor destas letras é Moisés; logo, o que vem a seguir é escrita do próprio Soberano do Universo (Êxodo 31:18; 32:16; 34:1). Do verso 2 até o verso 17, o texto é de redação exclusiva do Altíssimo. Assim, o primeiro mandamento não começa no verso 3 como temos sido ensinado; mas começa, no verso 2. O que, agora sim, dá pleno sentido a ordem divina, uma vez que inicia-o se auto identificando. Leiamos: “Eu sou Jeová, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim” (Êx. 20:2 e 3).

Vejam, o Deus de Israel começa sua escrita identificando-se pelo seu nome, bem como revelando Sua soberania. Assim é, porque as pessoas são identificadas e conhecidas pelo nome. Então, a primeira parte deste mandamento dá sentido à segunda parte; sendo no todo este sim, o primeiro mandamento da lei de Deus.

Observamos então, que se por um lado a igreja católica mudou a lei de Deus; por outro lado, os próprios evangélicos omitem em suas publicações a integralidade da mesma. Haveria nisso, algum motivo tendencioso?

Jesus disse: “nem um jota ou um til se omitirá da lei” (Mateus 5:18). Devemos proclamar a lei de Deus tal qual é a original no santuário celeste. O Deus invisível escreveu a lei (João 1:18 – RC) e, o Anjo da Sua presença, Jesus, (Isaias 63:9) a entregou a Moisés. Os Testemunhos dizem: “Cristo não somente foi o guia dos hebreus no deserto – o Anjo em quem estava o nome de Jeová, e que, velado na coluna de nuvem, ia diante das hostes – mas foi também Ele que deu a Israel a lei. (Ver apêndice, nota 7)” (Patriarcas e Profetas, pg. 366). Não confundamos as pessoas. Jeová é o Pai das luzes e, o Anjo, Miguel; encarnado como Jesus.

No apêndice, lemos: “Que Aquele que proferiu a lei, que chamou Moisés ao monte e com ele falou, era o nosso Senhor Jesus Cristo, evidencia-se pelas seguintes considerações: Cristo é Aquele por meio de quem Deus tem todas as vezes Se revelado ao homem. “Para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também por Ele.” I Coríntios 8:6. “É este Moisés que esteve na congregação no deserto, com o Anjo que lhe falava no Monte Sinai, e com os nossos pais; o qual recebeu palavras vivas para no-las transmitir.” Atos 7:38. Este Anjo era o Anjo da presença de Deus (Isaias 63:9), o Anjo em quem estava o nome do grande Jeová (Êxodo 23:20-23). Esta expressão não pode referir-se a nenhum outro a não ser o Filho de Deus. Ainda mais: Cristo é chamado o Verbo de Deus. S. João 1:1-3. É assim chamado porque Deus deu Suas revelações ao homem em todos os tempos por meio de Cristo. Foi o Seu Espírito que inspirou os profetas. I S. Pedro 1:10 e 11. Ele lhes foi revelado como o Anjo de Jeová, o Capitão do exército do Senhor, o Arcanjo Miguel.” (Ídem, pg. 761).

O Nome – O Teônimo hebraico ????????, refere-se ao nome sagrado de Deus. YHWH é o termo mais comum do Tetragrama usado para transliterá-lo. A maioria dos estudiosos têm preferência, como provável pronúncia antiga de ????????, Yahweh. Essa forma é encontrada na Bíblia de Jerusalém como o nome de Deus. A forma Jehovah, foi usada por João Ferreira de Almeida; quando traduziu o Antigo Testamento. E, na Almeida Revista e Corrigida, lemos no prefácio o seguinte: “Por fim, a presente edição identifica o nome de Deus no Antigo Testamento. A RC, em algumas passagens, translitera o nome de Deus (o tetragrama YHVH) pelo nome “JEOVÁ”, tradicionalmente usado a muito tempo em várias versões bíblicas.”

Ademais, a própria senhora White em seus escritos, ministerialmente usou a mesma forma – Jehovah. Provando assim, que o Deus de Israel endossou. Logo, o título “SENHOR” não se justifica; especialmente, quando somos pela própria Palavra instado à invocar Seu nome (Joel 2:32; Atos 2:21). Assim, se há uma prova cabal e incontestável quanto ao uso do nome divino, como o conhecemos, esta está no “Espírito de Profecia”; o “testemunho de Jesus” (Apocalipse 19:10).

Povo do advento, reparadores de brechas (Isaias 58:12). Restauremos plenamente a lei de Deus; inserindo nela, principalmente Seu nome.

Alexandre Botelho

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