CRISTO PREFIGURADO POR ISAQUE COMO “FILHO MONOGENES”


STRONG’S NUMBER: g3439 “Dictionary Definition: G3439  monogenes

monogenes (mo-no-ge-nes) adj. unigênito, ou seja, único monogenes  de 3441 e 1096 ; TDNT – 4:737,606; adj 1) único do seu tipo, exclusivo 1a) usado para os filhos ou filhas únicos (visto em relação a seus pais) 1b) usado de Cristo, denota o único filho nascido de Deus”.

 

Assim como Abraão, denominado de pai da fé, por crer em Deus e demonstrar-lhe seu amor, ao entregar-lhe, a seu pedido, o seu amado filho Isaque no monte Moriá, filho este definido pelo autor de Hebreus com o adjetivo “monogenes”, assim também “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu ‘Filho monogenes’, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Hebreus 11:17 e João 3:16. Tanto o sacrifício do “monogenes” Isaque, no Moriá, bem como o sacrifício do “Filho monogenes” de Deus, Cristo, no Calvário, são ofertas máximas de demonstração de amor: o sacrifício de Abraão para  demonstrar seu máximo amor a Deus e o sacrifício de Deus, na doação de Cristo, seu “Filho monogenes”, foi, igualmente, a oferta máxima para expressar seu máximo e ilimitado amor à humanidade. De nossa crença no Senhor e Salvador Jesus Cristo como “Filho monogenes” de Deus, depende nossa eterna salvação. A expressão “Filho monogenes” está relacionada, pois, ao coração da soteriologia, definida como o estudo da doutrina da salvação: Deus nos deu o seu “Filho  monogenes” e todos somos instados a crer nele para a obtenção da vida eterna. João 3:16. Referindo-se à crença em seu nome como “Filho monogenes” de Deus para nossa salvação, o próprio Senhor e Salvador Jesus Cristo afirmou: “Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo… Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do “monogenes Filho” de Deus. João 3:17 e 18. “Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado seu “Filho monogenes” ao mundo, para vivermos por meio dele.” I João 4:9. “Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta, por mim viverá.” João 6:57. Embora não exista um consenso geral sobre o real significado do adjetivo “monogenes”, o seu uso aparece ligado à palavra filho, qualificando o termo, e o contexto nos esclarece que os filhos definidos pelo adjetivo “monogenes” referem-se a filhos gerados por seus próprios pais, como é o caso de Isaque, o que, necessariamente, nos leva a crer que assim também o é com Cristo, o Filho de Deus. O contexto em que são oferecidos, tanto Isaque, como Cristo, como prova de incomparável amor, exige que a palavra grega “huios”, filho, qualificada pelo adjetivo “monogenes” se refira a filhos legítimos, naturais, genéticos e literalmente gerados por seus pais. É o próprio Deus quem nos elucida isto, no caso de Isaque, ao se referir a ele com o substantivo “filho” (Gênesis 22:2), ao qual se acresceria o adjetivo qualificativo “monogenes.” Hebreus 11:17. “Disse Deus”, ao dirigir-se a Abraão: “Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei.” Gênesis 22:2. Deste filho solicitado por Deus à Abraão e que Deus o chama de “único”, embora já tivesse Abraão um filho com Agar, fora do seu casamento com Sara,  disse o próprio Deus, quando o prometera ao patriarca: “…aquele que será gerado de ti (ARA), que sair das tuas entranhas (ACF), será o teu herdeiro.” Gênesis 15:4. Este o filho de Abraão, que foi qualificado como o seu “monogenes” (Hebreus 11:17), o filho literalmente gerado e gerado por intervenção divina. Não podemos interpretar que o mesmo Deus que fez a promessa de um filho literal à Abraão falaria, ao se referir a si próprio, de si mesmo, em relação a Cristo, quando disse: “Tu és meu Filho, eu hoje te gerei”(Salmo 2:7; Atos 13:33; Hebreus 1:5 e 5:5), que estivesse a falar numa linguagem figurada e metafórica. Outrossim, Jesus foi-nos enviado por ser o Filho de Deus (João 3:16) e não para que o fosse ou se tornasse, como muitos alegam, dizendo que Cristo só se tornou Filho de Deus a partir da encarnação e citam Lucas 1:35: “e será chamado Filho de Deus”, como suposta prova disto. Mas Deus não deu a Cristo para que fosse ou se tornasse seu Filho, mas sim  foi dado por ser seu Filho ou porque era seu Filho, “porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho “monogenes”… João 3:16. Como bem escreveu Ellen White, ao citar Lucas 1:35: “Ao mesmo tempo que era o Filho de um ser humano, tornou-se o Filho de Deus num novo sentido. Assim se achou Ele em nosso mundo, mas ligado, pelo nascimento, à raça humana.” Mensagens Escolhidas, vol I, pág. 227. Isto confirma o fato de que o Senhor e Salvador Jesus Cristo é realmente o Filho de Deus e já o era, antes da encarnação, num vétero ou antigo sentido, mas na mesma o titulo de Filho de Deus se reveste de novo significado. A partir da Encarnação, Cristo é o Filho de Deus num novo sentido, pois foi através do próprio Deus, através da sua virtude e do seu Santo Espírito que gera, agora como ser humano, nas entranhas de Maria, o Filho preexistente, conectando-o à raça humana. O mesmo Deus que o gerou na distante eternidade foi o que atuou também na encarnação, para que Cristo, seu amado filho, fosse também,  por amor a nós, não somente seu Filho, o “Filho de Deus”, mas, igualmente, o “Filho do Homem.” O primeiro dos três autores do livro A Trindade, ao  fazer a sua “exegese” do termo “monogenes”, procurando descartar qualquer relação do termo com a possibilidade da geração de Cristo pelo Pai, ressalta apenas o fato de que o termo tem o significado de “peculiar.” Alega então que Cristo é um ser peculiar por haver encarnado. A Trindade, pág. 109. É evidente que a encarnação de Cristo é uma peculiaridade, mas Cristo é o Filho peculiar de Deus não por causa da encarnação, mas apesar da mesma. Assim, pois, Cristo não é peculiar por haver encarnado, mas, como prova de amor por nós Deus deu seu Filho peculiar que se encarnou. Não se tornou “monogenes” por haver encarnado, mas encarnou por ser o Filho “monogenes”, ou peculiar, de Deus. João 3:16.  Cristo é peculiar por haver sido literalmente gerado por Deus.

Seria muito estranho, como dito anteriormente, se Deus estivesse a falar com Abraão de forma literal, prometendo-lhe literalmente um filho a ser gerado pelo próprio Abraão, saindo de suas entranhas (Genesis 15:4), e Ele, o próprio, Deus, não estivesse a dizer literalmente de si mesmo, em relação a Cristo: “Tu és meu Filho, eu hoje te gerei.” Salmo 2:7, declaração esta claramente aplicável, primariamente, de maneira simbólica, ao rei de Israel, mas, obviamente, literal em relação a Cristo, seu amado Filho, do qual disse também: “Das próprias entranhas, antes da alva, eu te gerei.” Salmo 110:3. Versão grega Septuaginta  e B. J. Este versículo confirma, como escrevem autores antigos, que “Cristo veio à existência por meio do próprio Deus antes da alva; ou seja, antes da constituição do mundo.” História Eclesiastica cap.III, págs 24 e 25. Deus, evidentemente não estava a dizer: “Tu és  ‘como se fosse meu Filho’, pois é ‘como se eu tivesse te gerado hoje”, mas é Deus quem afirmativamente o diz: “Tu és (realmente) meu Filho e hoje ( momento em que era gerado) eu ( realmente) te gerei.” O mesmo Deus que usou a palavra “filho” de maneira literal com Abraão, foi o mesmo que disse, dos céus, em relação a Cristo, seu próprio Filho: “Este é o meu Filho amado em quem me comprazo.” Mateus 3:17. Seria muito estranho que Aquele que falou de maneira literal com Abraão prometendo-lhe um filho a ser por ele  literalmente gerado e depois o estivesse a pedir como prova de amor e fidelidade, Ele mesmo, Deus, não doasse, no calvário,  como prova de amor e fidelidade à raça humana, alguém que não fosse literalmente seu Filho, alguém este que foi apresentado verdadeiramente como seu Filho e que, consequentemente, como Isaque foi o herdeiro de Abraão, Cristo  também o é seu próprio e legítimo herdeiro. Mateus 3:17, 17:5 e II Pedro 1:17 e Hebreus 1:2. Muitos, entretanto, se propõe a sofismar ou cavilar dizendo que se o Senhor e Salvador Jesus Cristo fosse um ser literalmente gerado não seria plenamente divino, Deus estaria gerando uma pessoa semidivina, um semideus. A Trindade. CPB, pág. 108. Seria como se, pelo fato de Isaque não ser um co igual com Abraão e com a  mesma idade do patriarca, mas por ter sido literalmente gerado por Abraão, ele fosse tão somente um ser semi-humano ou uma pessoa semi- humana. De igual maneira, para sermos seres plenamente humanos tivéssemos que ser co-iguais  com nossos pais em idade de existência. É exata e precisamente por haver sido Isaque gerado por Abraão, que tinha as mesmas características de Abraão, seu pai, contrariamente a uma espécie de “filho adotivo” como o seu servo, o damasceno Eliézer. Gênesis 15:2 e 3. Assim também Cristo, por ser literalmente gerado e, portanto, Filho literal de Deus “Ele é o resplendor da glória e a expressa imagem da Pessoa de Deus”; “a  imagem do Deus invisível” e “porque foi do agrado do Pai”  “nEle habita corporalmente toda a plenitude da divindade.” Hebreus 1:3; Colossenses 1:15,19 e 2:9. Outros alegam, mesclando o significado dos termos gerar e criar, que se o Senhor e Salvador Jesus Cristo fosse literalmente gerado por Deus, o Pai, isto seria o mesmo que ser um “ser criado.” Nada mais falso, pois, por criação entende-se vir à existência por intervenção divina, a partir do nada ( Hebreus 11:3), enquanto que os seres gerados vêm à existência a partir de outros seres pré existentes e, no caso de Cristo, “por participação na divindade incriada do Pai.”  É, portanto, o Senhor e Salvador Jesus Cristo, como foi definido há séculos, um ser “gerado, não criado.” A evidência cabal de que o Senhor e Salvador Jesus Cristo é o Filho literal de Deus e foi por Ele gerado devendo-lhe a vida, está no fato de reconhecer a Deus como seu próprio Pai, bem como também como seu próprio Deus, fato este também relatado por outros escritores neotestamentários. João 20:17; Apocalipse 1:6 e 3:12; II Corintios 1:3 e 11:31; Efésios 1:3 e 17 e I Pedro 1:3. Esclarecido o significado contextual da palavra “Huios”, Filho,  vejamos também o significado contextual do adjetivo grego “Monogenes.” O vocábulo “monogenes”, é, pois, um adjetivo grego, composto por “mono” que quer dizer “um”,  “único” e “genes”,  termo de significado controverso e para o qual não há consenso, devendo, portanto, ser definido pelo contexto. A tradução clássica  de “monogenes”, desde a Vulgata Latina de Jerônimo, é “unigênito”, único gerado, significado este que muitos tentam impugnar, pois “monogenes” tem apenas um “n” e  não dois, “monogennes”, como ocorre no verbo “gennao”, gerar. Na primeira vez, entretanto, em que João usa o adjetivo “monogenes”  (João 1:14), aplicando-o a Cristo como adjetivo qualificativo do substantivo “huios”, filho com maturidade, depois de dizer que quando cremos no nome de Cristo, somos feitos “teknon” de Deus, “filhos” ou crianças gerados por Deus e portanto nascidos dele. João 1:12-14 Assim João relaciona o nascimento pela fé em Cristo, nascimento este como o nascimento de uma criança gerada e nascida de Deus, evidentemente, como alusão a Cristo gerado e nascido de Deus. Assim como Cristo nasceu do Pai, tendo origem nele, nós igualmente seremos gerados por Deus podendo então ter um novo nascimento e sermos assim filhos de Deus, estando, desta maneira, o termo “monogennes” ligado ao novo nascimento e à soteriologia ou doutrina da salvação. A ocorrência do adjetivo “monogenes” ligado ao substantivo “huios”, filho com maturidade, ocorre também em João 3:16 e 18 depois do Senhor Jesus apresentar o novo nascimento a Nicodemos. Outra possibilidade do significado do termo “monogenes”, seria ligado ao verbo “ginomai” vir a  ser ou nascer. A maioria dos estudiosos, entretanto, se inclinam  a pensar que o termo provem de mono, um, único e o termo “genes”: “espécie”, “família”, “raça”, ou mesmo “gem”, “gene” raiz de nossa palavra gene ( encontrada em genética). A Trindade, CPB, pág. 108 e 109.( Há, entretanto, no livro A Trindade confusão entre genes e ginomai).

Como procedente do termo “gene”, espécie, “filho monogenes”, seria o único filho de uma família, espécie ou raça. No caso do Senhor e Salvador Jesus Cristo, “Filho monogenes” de Deus  quer dizer então o único Filho da “deidade” ou “espécie divina”, ou o único que tem os “genes de Deus”. Este adjetivo  “Monogenes” ocorre nove vezes no Novo Testamento. Três ocorrências estão no evangelho de Lucas (Luc.7:12; 8:42 e 9:38), uma ocorrência em Hebreus (Hb. 11:17), uma na primeira epístola de João (I João 4:9) e quatro ocorrências no evangelho de João, o quarto evangelho. João 1:14,18 e 3:16,18. Duas das quatro ocorrências do adjetivo grego “monogenes” no evangelho de João (João 3:16 e 18) refletem o conceito que o próprio Cristo expressou sobre si mesmo, autodenominando-se de “Filho monogenes” de Deus, autodefinição esta no contexto do verso que viria tornar-se no mais conhecido e amado verso das Escrituras, o mais traduzido em maior número de línguas, dialetos e idiomas e, portanto, o trecho mais amplamente conhecido e divulgado, não somente da Biblia, mas também de toda literatura universal. Uma leitura despretensiosa das três ocorrências que o termo “monogenes”  aparece no evangelho de Lucas nos leva a crer que todos os três filhos aí mencionados são filhos legítimos, genéticos e únicos: o filho da viúva de Naim, a Filha de Jairo e o jovem possesso. O contexto nos leva a crer que todos os três eram filhos de grande estima por parte dos seus pais, não somente por serem filhos legítimos, biológicos e genéticos, mas também os únicos filhos que possuíam. O Senhor e Salvador Jesus Cristo restituiu com a ressurreição o filho da viúva de Naim não somente porque era filho realmente desta viúva mas também o único que ela possuía. Lucas 7:12 e 15. Assim também com a filha de Jairo, restituída a seus pais (Lucas 8:42 e 49-56), bem como a cura do jovem possesso atendendo ao encarecido apelo do seu genitor. Lucas 9:38. É, entretanto no uso do vocábulo “monogenes”, aplicado a Isaque, o filho do patriarca Abraão, cognominado também de Pai da fé, que vamos encontrar uma conceituação mais ampla, mais profunda e mais clara que nos elucida o verdadeiro significado do termo “monogenes.” Em Hebreus 11:17 o termo “monogenes” é aplicado a Isaque, o filho literal de Abraão e Sara e por eles, portanto, gerado, como está escrito: o herdeiro de Abraão e por quem seria contada sua descendência. Gênesis 15:4 e 5; 25:5 e 21:12 Hebreus 11:8-18. Abraão não tinha filhos com Sara e, por não ter filhos, imaginava que Eliézer, servo damasceno criado em sua casa, seria, consequentemente, o seu herdeiro. Gênesis 15:1-3. Deus, entretanto, prometeu-lhe um filho saído de suas entranhas, que seria, então, evidentemente, o seu herdeiro. Gênesis 15:4. A Bíblia complementa dizendo que “Abraão creu em Deus e isto lhe foi imputado para justiça.” Gênesis 15:6. Por crer na promessa de Deus de que seria literalmente pai e igualmente Sara crer em Deus que seria literalmente mãe, antes mesmo da concretização desta promessa, (Hebreus 11:11 e 12), Deus lhes imputou sua justiça pela fé, pois “creu Abraão em Deus e isto lhe foi imputado para justiça.” Gênesis 15:6. Ambos, Abraão e Sara, fazem parte da galeria da fé. Hebreus 11: 8-18. Abraão creu em Deus e creu que Ele não somente seria capaz de torná-lo fértil, bem como tornar fértil a sua esposa, concedendo-lhe o dom de ser pai e a sua esposa o de ser mãe e por isto, por crer, é que Abraão é chamado de Pai da fé e inaugurou aquilo que veio a chamar-se depois de “doutrina da justificação pela fé.” Gênesis 15:1-6.  Romanos 4:3; Gálatas 3:6-9. Muitos, restritos à letra, fora do contexto espiritual em que aparece o termo “monogenes” aplicado ao filho de Abraão e isto para negar que o Senhor e Salvador Jesus Cristo seja literal e verdadeiramente o Filho de Deus, alegam que “monoguenes” não pode significar “unigênito”, único gerado, mas apenas único, pois, apegando-se-se à letra, dizem: Isaque não foi o único filho gerado por Abraão, já que teve Ismael da escrava Agar. Gênesis 16:15.Vale recordar também que teve Abraão outros filhos com Quetura, sua segunda esposa, após a morte de Sara. Gênesis 25:1-4. Destacam apenas a peculiaridade de Isaque,  deliberadamente se olvidando do fato de que também tenha sido literalmente gerado. A Trindade, CPB, pág. 109. O que, entretanto, dimensiona a fé em Deus e o incomparável amor de Abraão por Ele em sua obediência em oferecer-lhe Isaque, foi o fato de Abraão haver lhe oferecido aquele que era literalmente seu filho e era especial pelas circunstâncias únicas e especiais em que fora gerado. Ainda que em “stricto sensu”, senso restrito, não tenha sido Isaque o único filho gerado por Abraão, isto não invalida o fato de que tenha sido por ele em “lato sensu”, sentido amplo, tenha sido o único gerado, pois Isaque era filho das “entranhas” de Abraão e gerado de maneira única. Gênesis 15:4 e 21:1-3. Sua unicidade, como filho gerado, advém do fato de ser o único filho gerado em cumprimento à promessa de Deus e, portanto, o único gerado validamente por Deus como o filho da promessa. Era o único filho do casamento de Abraão com Sara. Foi o único herdeiro de Abraão e por quem seria chamada a sua descendência, incluindo Cristo, o Filho de Deus, segundo a carne, descendente de Davi e Davi de Isaque e Isaque de Abraão. Romanos 1:3 ; Mateus 1:1 e 2; Gênesis  25:5 e 21:12. Isaque não foi, literalmente, o único filho gerado por Abraão, mas sim, por ele literalmente gerado de maneira única: porque creu   Abraão em Deus e, consequentemente, Deus cumpriu sua promessa de dar-lhe um filho. Gênesis 15:5 e 6 e 21:1-3. A unicidade de Isaque é incontestável, não somente como o filho gerado de Abraão, mas como aquele que foi gerado por ele de maneira única assim como é igualmente a unicidade do Filho de Deus. Em lugar da peculiaridade de Isaque invalidar o fato de que tenha sido um filho gerado, é exatamente o ter sido gerado de maneira especial que o torna peculiar, assim como também o Filho de Deus, tornando-se cada um deles o filho “monogenes” de seu respectivo pai. “Visitou Yahweh a Sara, como lhe dissera, e Yahweh cumpriu o que lhe havia prometido. Sara concebeu e deu à luz  um filho a Abraão na sua velhice, no tempo determinado de que Deus lhe falara… e Abraão lhe pôs, ao seu filho, o nome de Isaque. Gênesis 21:1-3. Assim como Isaque, é também o caso específico do “Filho monogenes” de Deus, o Senhor e Salvador Jesus Cristo: mais do que o único Filho gerado por Deus, o Pai, e dele herdeiro(Hebreus 1:2),  as Escrituras nos indicam ser Ele “o Filho  do reino do seu amor”(Colossenses 1:13) e, à semelhança de Isaque, de maneira única, ímpar especial e exclusiva, literalmente gerado, ainda que como Abraão tenhamos que aceitar isto pela FÉ, pois ambos, Isaque e Cristo são herdeiros de seus progenitores e nós, se somos de Cristo, herdeiros da promessa com Cristo. Genesis 25:5, Hebreus 1:2 e Gálatas 3:29. Diz Yahweh, o Deus Único, o Pai (João 17:3 e I Corintios 8:6) ao referir-se àquele que Davi chama de seu Adonai, o seu Senhor, o Filho de Deus, Jesus Cristo, de acordo com a versão grega Septuaginta: “das próprias entranhas, antes da alva, Eu te gerei.”Salmo 110:3. Como foi especificamente este  tirar das entranhas efetuado pelo Pai ao gerar o seu amado Filho, não o sabemos nós. Assim como Abraão creu em Deus que teria um filho assim devemos nós crer que o Senhor e Salvador Jesus Cristo é o filho literal de Deus, conforme nos dizem as Escrituras. Salmo 2:7; Atos 13:33 e Hebreus 1:5 e 5:5. Aquele que disse haver tirado o seu Filho de suas  entranhas antes da Alva, foi o mesmo que apresentou a Cristo dizendo: “Este é o meu Filho amado em quem me comprazo: a ele ouvi” Mateus 17:5.

Carlos Lavrado. 01/07/2017 (Médico Dermatologista e Adorador do Deus único e verdadeiro, Deus e Pai de Jesus Cristo.

Revisão e complementação: 06/07/2017.

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Traduzir Site »