O Espírito e os Seus Atributos e Ações pessoais

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Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele. 1 Coríntios 8:6

Em seu livro Eu e o Pai somos um, pág 58 da 3ª edição, Ricardo Nicotra escreveu “Provar a existência da Trindade não é uma tarefa fácil. A sustentação desta doutrina depende de uma série de hipóteses que os trinitarianos tentam provar. Se uma destas hipóteses não for verdadeira, toda a doutrina está comprometida. É como uma corrente de vários elos: se um elo se romper a corrente fica inutilizada. Uma das hipóteses sob a qual a doutrina da Trindade se fundamenta é que o Espírito Santo é uma pessoa, assim como o Pai e o Filho são pessoas.

O argumento utilizado para tentar provar que o Espírito Santo é uma pessoa foi elaborado sobre versos bíblicos onde adjetivos (atributos) e verbos (ações) relacionados ao Espírito são típicos de seres pessoais. Por exemplo:

“Não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.” – Efésios 4:30.

“Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis.” – Romanos 8:26.

“Porque não sois vós que falais, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.” – Mateus 10:20.

“Apenas uma pessoa pode se entristecer”, alegam os trinitarianos. “Só uma pessoa pode ajudar, interceder e falar”, afirmam eles. Os defensores da Trindade afirmam que se o Espírito de Deus se entristece, ajuda, intercede e fala, então ele é uma pessoa divina! Toda a lógica deste argumento baseia-se na seguinte premissa: Se uma ação atribuída a uma entidade for uma ação de caráter pessoal, então tal entidade será um ser pessoal, ou seja, uma pessoa. Será que esta premissa é sempre verdadeira? Se não for, então o argumento será falacioso.

A Bíblia é um livro rico em símbolos e linguagem figurada. Uma das figuras de linguagem e de estilo empregada pelos autores bíblicos é a prosopopéia também conhecida como personificação. Através desta figura de linguagem uma entidade impessoal recebe atributos de um ser pessoal. Quando digo “hoje o dia está triste” estou usando esta figura de estilo. Quem fica triste é um ser pessoal e o dia, como sabemos, não é uma pessoa, então ele pode estar chuvoso, nublado, frio, mas não, literalmente, triste. Não é apenas na linguagem cotidiana que usamos muitas prosopopéias, na Bíblia também há vários versos que usam esta figura de estilo. Vejamos alguns versos:

“Os montes e os outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas.” – Isaías 55:12. Já viu uma montanha cantando ou uma árvore batendo palmas? Quem canta e bate palmas são pessoas apenas. No entanto este verso de Isaías usa a personificação para ilustrar a mensagem que pretende transmitir, não para afirmar que montes, outeiros e árvores sejam seres pessoais.

“Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram. Da terra brota a verdade, dos céus a justiça baixa o seu olhar.” – Salmo 85:10 e 11″. Percebe? Por isso entendemos que o Espírito Santo de Deus é sua virtude, glória, sabedoria e poder, nunca uma 3ª pessoa de uma trindade.

O ESPÍRITO E OS SEUS ATRIBUTOS E AÇÕES PESSOAIS_2ª parte

Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, e são esses adoradores que o Pai deseja. João 4:23

Por que temos estudado e falado sobre o dogma romano da trindade? Porque descobrimos que o sistema religioso que o estabeleceu mesmo sem base bíblica, mas com base no paganismo, também decidiu que todos devem adorar a esse deus estranho às Escrituras Sagradas e que, quem não o fizer, está fora das grandes mídias, não pode auferir grandes lucros com a religião e, não pode ter seguradoras milionárias, mesmo contra a fé, não pode ter grandes empresas, e, é considerado um herege.

Entende agora porque a maioria do cristianismo adora à trindade, e não aceita nem discutir o assunto, quando Cristo é um adorador do Pai, pois o tem como seu Deus e Pai e afirmou que os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai e não à trindade, como sempre os pagãos fizeram (João 4:21 e 23)?

Em seu livro Eu e o Pai somos um, pág 60 da 3ª edição, Ricardo Nicotra escreveu  que “A maioria dos cristãos ignora o fato de que a Bíblia foi escrita em linguagem figurada e por isso interpreta literalmente os atributos e ações pessoais atribuídas ao Espírito Santo.

O fato de alguns versos atribuírem ao Espírito Santo adjetivos e ações típicas de um ser pessoal não significa que o Espírito seja um ser pessoal. Uma das provas deste fato está nos muitos exemplos de atributos e ações pessoais atribuídos também a espíritos de seres humanos.

O espírito do apóstolo Paulo orava: “O meu espírito ora de fato.” (I Coríntios 14:14). Como um espírito (pneuma) de um homem pode orar se esta é uma ação pessoal? Seria, porventura, o espírito de Paulo uma segunda pessoa, além de Paulo? O verso seguinte explica: “Orarei com o meu espírito… Cantarei com o espírito.” (I Cor. 14:15). É claro que quem orava e cantava era o próprio Paulo, mas de forma figurada foi dito que o espírito de Paulo é que orava.

Lucas, autor do livro dos Atos, relatou que o espírito de Paulo se revoltou (Atos 17:16): “Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na cidade”. Ora, revoltar-se é uma ação pessoal. Só um ser com autonomia e percepção poderia se revoltar, mas a Bíblia diz que o espírito de Paulo se revoltou. Seria, porventura, o espírito de Paulo uma entidade pessoal independente do seu possuidor (Paulo) ou Lucas estaria usando uma prosopopéia? Se usarmos a forma de interpretação bíblica adotada pelos trinitarianos chegaríamos à conclusão de que o espírito de Paulo foi uma pessoa, pois ao espírito de Paulo foram atribuídas ações pessoais. Mas claro está que o autor utilizou uma figura de linguagem ao dizer que o espírito de Paulo orava e se revoltava. Quem se revoltou com a idolatria da cidade foi o próprio Paulo.

Há muitos outros exemplos na Bíblia onde espíritos de seres humanos são descritos com atributos pessoais ou realizando (ativa ou passivamente) ações típicas de seres pessoais. A seguinte lista apresenta alguns exemplos de espíritos de seres humanos aos quais é atribuído alguma ação ou atributo de natureza pessoal:

Espírito de Faraó – Foi Perturbado (Gênesis 41:8) Espírito de Ciro – Foi Despertado (Esdras 1:1)

Por isso entendemos que o Espírito Santo de Deus é sua virtude, glória, sabedoria e poder, nunca uma 3ª pessoa de uma trindade. Amém, Aleluias.

O ESPÍRITO E OS SEUS ATRIBUTOS E AÇÕES PESSOAIS_3ª parte

Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, e são esses adoradores que o Pai deseja. João 4:23

No livro Eu e o Pai somos um, pág 61 da 3ª edição, Ricardo Nicotra escreveu  vários exemplos bíblicos de relatos de ações de espírito do homem, que são como as do Espírito de Deus, ou Espírito Santo, ver I Cor. 2:10 e 11. Ou seja: O Espírito Santo é de Deus, nunca uma 3ª pessoa de uma suposta trindade, deus trino, deus trindade, algo que remete ao paganismo passado e presente. Veja que mostra a Bíblia:

Espírito de Zofar – Responde por Zofar (Jó 20:3)

Espírito de Asafe – Desfalece (Salmo 77:3)

Espírito de Davi – Desfalece (Salmo 143:7)

Espírito de Isaías – Buscou a Deus (Isaías 26:9)

Espírito de Ezequiel – Excitou-se (Ezequiel 3:14)

Espírito de Nabucodonosor – Perturbou-se (Daniel 2:1-3)

Espírito de Paulo – Revoltou-se (Atos 17:16),  Ora e Canta (I Coríntios 14:14 e 15), Rereou-se (I Coríntios 16:18)

Espírito de Tito – Recreou-se (II Coríntios 7:13)

Concluímos que quando a Bíblia diz que o espírito de alguém se entristeceu, então se trata de uma figura de linguagem chamada prosopopéia ou personificação. Literalmente, quem se entristeceu foi a pessoa, o possuidor do espírito, não literalmente o seu espírito. Quando o salmista diz que o seu espírito estava amargurado, na realidade quem estava amargurado era o próprio salmista.

Isso vale também para o Espírito de Deus. Quando a Bíblia diz que alguém mentiu para o Espírito de Deus, na verdade isso significa que mentiram para o próprio Deus. Esta verdade é facilmente verificável no relato da experiência de Ananias e Safira em Atos 5: “Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração para que mentisses ao Espírito Santo, retendo parte da propriedade?” – Atos 5:3.

O verso seguinte esclarece para quem, de fato, Ananias estava mentindo: “Não mentiste aos homens, mas a Deus.” – Atos 5:4. u.p.

Quando a Bíblia diz que o Espírito intercede, certamente está se referindo a Cristo pois este é o nosso único intercessor e mediador:“Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” – I Timóteo 2:5.

“É Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.” Romanos 8:34.

2 comentários

  • gilvate moreira silva

    9 de abril de 2019 at 11:42

    Nessa questão do ES, pode ser que os irmãos bereanos estejam com a razão, entretanto, a bíblia também deixa margem para interpretação de que trata-se de outro personagem, como por exemplo: Mateus 3:16, onde no momento do batismo de Jesus, o céu se abre, e o espírito Santo é visto “descendo como uma pomba e pousando sobre Ele, e uma voz dos céus, dizendo : Este é Meu Filho amado, em quem me comprazo ” . Nessa cena fica bem claro a existência dos três personagens.

    Portanto condenar os cristãos como estando a adorar a Satanás, com nome de Espírito Santo, somente porque eles acreditam se tratar de outro personagem, pode não ser a melhor interpretação.

    Ensinar que é pecado Jesus ser adorado também pode não ser a melhor interpretação, porque logo no início do NT, os reis magos que vem em busca do cumprimento da profecia do nascimento do Messias, vem para “adorá-lo” , e fazem ofertas voluntárias de gratidão re reconhecimento, e inclusive o próprio Herodes recomenda aos Reis, que ao encontra-lo, que voltem para informar sobre sua localização, para que ele também vá “adora-lo” , assim diz a bíblia, embora a intenção de Herodes era assassina-lo, com medo de ser deposto do seu trono.

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    • Paulo Pinto

      13 de abril de 2019 at 21:47

      Amado irmão Gilvate,
      Paz e Graça.
      Em toda a Escritura, o Espírito de Deus, é dEle, nunca um Deus igual ao Pai.
      Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.
      Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.

      1 Coríntios 2:10,11.
      Percebe?
      Se o Espírito de Deus é outro Deus, outro ser além dele, logo, o espírito do homem é outro ser dentro dele e, o espiritismo estaria certo e sabemos pelas Escrituras que é doutrina falsa. Por isso, o dogma romano da trindade aproxima a iasd e demais igrejas do espiritismo.
      A profetisa adventista também depõe contra a trindade, como está no capítulo do batismo no DTN:
      “Ao sair da água, Jesus Se inclinou em oração à margem do rio. Nova e importante fase abria-se diante dEle. Entrava agora, em mais amplo círculo, no conflito de Sua vida. Conquanto fosse o Príncipe da Paz, Sua vida devia ser como o desembainhar de uma espada. O reino que viera estabelecer, era oposto daquilo que os judeus desejavam. Aquele que era o fundamento do ritual e da organização de Israel, seria considerado seu inimigo e destruidor. Aquele que proclamara a lei sobre o Sinai, seria condenado como transgressor. O que viera derribar o poder de Satanás, seria acusado como Belzebu. Ninguém na Terra O compreendera, e ainda em Seu ministério devia andar sozinho. Durante Sua existência, nem a mãe nem os irmãos Lhe tinham compreendido a missão. Os próprios discípulos não O entendiam. Habitara na eterna luz, sendo um com Deus, mas Sua vida na Terra devia ser vivida em solidão.

      Como um conosco, cumpria-Lhe suportar o fardo de nossa culpa e aflição. O Inocente devia sentir a vergonha do pecado. O Amigo da paz tinha que habitar entre a luta, a verdade com a mentira, a pureza com a vileza. Todo pecado, toda discórdia, toda contaminadora concupiscência trazida pela transgressão, Lhe era uma tortura para o espírito.

      Sozinho devia trilhar a vereda; sozinho carregaria o fardo. Sobre Aquele que abrira mão de Sua glória, e aceitara a fraqueza da humanidade, devia repousar a redenção do mundo. Viu e sentiu tudo isso; firme, porém, permaneceu o Seu desígnio. De Seu braço dependia a salvação da raça caída, e Ele estendeu a mão para agarrar a do Onipotente Amor.

      O olhar do Salvador parece penetrar o Céu, ao derramar a alma em oração. Bem sabe como o pecado endureceu o coração

      DTN – Pag. 112
      dos homens, e como lhes será difícil discernir Sua missão, e aceitar o dom da salvação eterna. Suplica ao Pai poder para vencer a incredulidade deles, quebrar as cadeias com que Satanás os escravizou, a derrotar, em seu benefício, o destruidor. Pede o testemunho de que Deus aceite a humanidade na pessoa de Seu Filho.

      Nunca dantes haviam os anjos ouvido tal oração. Anseiam trazer a Seu amado Capitão uma mensagem de certeza e conforto. Mas não; o próprio Pai responderá à petição do Filho. Diretamente do trono são enviados os raios de Sua glória. Abrem-se os céus, e sobre a cabeça do Salvador desce a forma de uma pomba da mais pura luz – fiel emblema dEle, o Manso e Humilde”. DTN, pág. 111.
      Percebe? A forma de pomba que desceu do trono de Deus, de onde sairam raios de glória (nunca uma 3a pessoa de uma suposta trindade) era fiel emblema de Cristo, que desde o AT era simbolizado como uma pomba (para os mais pobres) ou por um cordeiro (para quem tinha algo mais).

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