Com um dia de atraso e grandes divergências entre os países participantes, os negociadores da Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP-19) chegaram, no dia 23 de novembro de 2013, a um acordo sobre as bases para um tratado para conter o aquecimento global. Mas as determinações para limitar o aumento de temperatura da terra em 2 graus centígrados ainda são vagas e decisões sobre temas polêmicos foram adiadas.
Aspectos importantes, como sobre até quando os Estados devem apresentar suas propostas de como pretendem diminuir as emissões de gás carbônico, permaneceram em aberto. O prazo recomendado foi até o final de março de 2015. A conferência foi marcada por disputas políticas entre países industrializados, emergentes e em desenvolvimento.
Conflito de interesses
De um lado, países emergentes, como a China — o maior emissor de gás carbônico do mundo — e Índia, responsabilizaram os países industrializados pelos problemas climáticos atuais e reivindicaram seu direito ao desenvolvimento.
Assim, conseguiram deixar em aberto as responsabilidades legais sobre os objetivos traçados. O texto final propõe que os Estados preparem “contribuições” sobre o que pretendem fazer para proteger o clima, ao invés de “compromissos”, que era o termo usado anteriormente.
Do outro lado, os países mais ricos conseguiram bloquear outra questão polêmica, o mecanismo de compensação econômica para os países em desenvolvimento por perdas causadas pelas mudanças climáticas. Em termos gerais, foi decidido que uma cláusula sobre o tema deve entrar no acordo que será assinado em 2015.
Desde 11 de novembro de 2013, 194 países estiveram reunidos em Varsóvia, na Polônia, para formular as bases do tratado global para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, que deve ser assinado até 2015, em Paris, e entrar em vigor em 2020.
FONTE
Deutsche Welle
Edição: Marcio Damasceno