A renúncia do Papa Bento XVI, que ocorreu no dia 28 de fevereiro de 2013, às 17 horas (horário de Brasília), aconteceu para se cumprir a profecia do verso dez de Apocalipse 17, que diz: “Cinco reis já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e quando vier vai durar pouco tempo”.
Para uma maior compreensão do cumprimento dessa profecia bíblica em torno da renúncia de Bento XVI, que está na condição de sétimo rei do Apocalipse 17, teremos que conhecer a pré-história e história do cristianismo.
O judaísmo foi fundado por Moisés, e surgiu em 1200 antes de Cristo, com o culto ao Deus único Javé. Na verdade, uma simples imitação do culto egípcio ao deus único Aton, que inaugurou o monoteísmo. A semente que determinou a fundação do judaísmo foi semeada por Abraão, o “pai da fé” e patriarca dos “filhos de Deus” que viveu no período compreendido de 2056 a 1881 antes de Cristo.
Em 27 AD o rabino Jesus promoveu um cisma do judaísmo, dando origem ao cristianismo, tendo Ele como principal “Cabeça da Igreja” entre 34 até o ano 100. Com a entrada da apostasia na igreja cristã primitiva, surgiram inúmeras seitas cristãs independentes. Porém, do ano 100 até o ano 200, elas foram se fundindo em uma só igreja que recebeu a denominação de “católica” (Isto é: “universal”, ou “unificada”). Pouquíssimas igrejas cristãs ficaram de fora dessa fusão, como a igreja etíope, o judaísmo e o budismo que mantêm-se independentes até hoje.
Até o ano de 538 AD, a Igreja Católica era governada pelo Bispo de Roma. Nesse mesmo ano, quando a Igreja foi organizada através de um decreto do imperador romano, Justiniano, a instituição religiosa recebeu a denominação de Católica Apostólica Romana, dando início ao Papado, um poder perseguidor que, durante 1.260 anos: 538 – 1798, através de “Cruzadas” e da “Santa Inquisição”, matou mais de 100 milhões de cristãos que não concordavam com os dogmas da Igreja, além de cabeças pensantes do período medieval: cientistas e inventores, que contrariavam o Clero com suas descobertas científicas. O Papa João Paulo II chegou a pedir perdão ao mundo, em nome do catolicismo, pelas atrocidades cometidas pela Igreja, na Idade Média.
Em 645 AD o profeta Maomé misturou judaísmo com cristianismo para dar origem a uma terceira religião de adoração ao deus da Abraão, o islamismo.
Em 1054 AD a igreja católica se dividiu em duas. Uma para o ocidente (Católica Romana) e outra para o oriente (Católica Ortodoxa).
Em 1517 AD o padre católico Martinho Lutero, seguindo o exemplo de Jesus, criou um segundo cisma, contribuindo para o surgimento do protestantismo, com centenas de denominações, perfazendo um total de 5.800 seitas religiosas, segundo levantamento feito pelo clero católico.
Em 1798 AD, depois de 1.260 anos de supremacia papal retratado pelo poder perseguidor do Chefe da Igreja Romana, a instituição religiosa perdeu o seu status, quando por determinação de Napoleão Bonaparte, o general Alexander Bertier aprisionou o Papa Pio VI, para cumprir-se Apocalipse 13:3, em que “uma das cabeças da besta seria ferida de morte”. Segundo o que determina a “lei do retorno”, se alguém leva para cativeiro, para cativeiro vai. Se alguém matar à espada, necessário é que seja morto à espada (Apoc. 13:10). Foi o que aconteceu com o Chefe da Igreja Católica Romana na pessoa de Pio VI, depois de promover perseguições aos valdenses, nos Alpes da Itália.
Uma vez que o Papado perdeu o seu poder de perseguir e matar, não se pode admitir ser o atual Chefe da Igreja Católica a besta do Apocalipse. O verso 8 de Apocalipse 17, afirma que a besta já era; não é mais. O Clero católico agiu como uma “besta avassaladora” até 1798. De lá para cá os Papas estão agindo como verdadeiros reis pacíficos.
No passado, quando a Igreja foi organizada, o Papa governava como rei, até que o poder subiu-lhe à cabeça, e este passou a perseguir e matar até ao dia em que Napoleão mandou aprisionar a “besta”, em 1798, que foi exibida pelas ruas de Paris, em desfile, com uma coleira de cão ao pescoço puxado por um escravo. Com a humilhação sofrida que resultou na perda do poder perseguidor, a Igreja Católica passou a ser dirigida por Papas que os próprios católicos consideravam como “vassalo”, ou seja: indivíduo que, na sua humildade, pedia algum benefício a um nobre superior e em troca fazia um juramento de absoluta fidelidade.
O sistema de soberania do Chefe da Igreja Católica, na condição de rei, reiniciou em 11 de fevereiro de 1929, quando o então Primeiro-Ministro italiano, Benito Mussolini, juntamente com o Papa Pio XI, assinaram o famoso “Tratado de Latrão”. Através desse ato, “a ferida mortal da besta foi curada; então toda a Terra se maravilhou, seguindo seus ensinamentos” (Apoc. 13:3).
Por força do referido “Tratado”, o Papado voltou à condição de rei; para isso, foi criado o Estado do Vaticano, com 44 hectares, dentro da cidade de Roma. O novo Estado Pontifício compreende a basílica com a Praça de São Pedro, o palácio, os museus, os jardins e as dependências que abrigam o Papa. Sendo assim, o Vaticano foi reconhecido pela comunidade internacional como um Estado independente e soberano.
Enfim, em 1929 o Papa volta a ser rei, com soberania sobre o Estado do Vaticano. Com isso, inicia-se a contagem dos sete reis-chefes da Igreja romana.
Segundo Apocalipse 17:10 “São sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e outro ainda não chegou; e quando chegar vai durar pouco tempo”.
Os sete reis são identificados como sete Papas, seguindo a seguinte ordem, a partir de 1929, com a criação do Estado do Vaticano:
– o primeiro foi Pio XI, que reinou 17 anos e 4 dias, no período de 06/02/1922 até 10/02/1939;
– o segundo, Pio XII, que reinou 19 anos, 7 meses e 5 dias, de 02/03/1939 a 09/10/1958;
– o terceiro, João XXIII, que reinou 4 anos, 8 meses e 15 dias, de 28/01/1958 a 03/06/1963;
– o quarto, Paulo VI, que reinou 19 anos, 2 meses e 15 dias, de 21/06/1963 a 06/08/1978;
– o quinto, João Paulo I, que reinou apenas um mês e 2 dias, de 26/08/1978 a 28/09/1978;
– o sexto, João Paulo II, que reinou 27 anos, 5 meses e 19 dias, de 16/10/1978 a 02/04/2005;
– o sétimo, Bento XVI, que reinou 7 anos, 10 meses e 4 dias, de 24/04/2005 a 28/02/2013.
Referindo-se ao sétimo rei do Vaticano, no caso Bento XVI, o verso 10 de Apocalipse 17 diz que quando ele chegasse, duraria pouco tempo. Foi o que aconteceu! Agora o mundo espera o oitavo rei que, segundo Apocalipse 17:11, vai proceder do sétimo. Diz também que o próximo rei será o Anticristo, e caminhará para a destruição, por ser o último Papa que reinará com mão de ferro, com o mesmo espírito que se apossou dos fariseus da antiguidade, como também dos Papas de Roma pagã que mataram 100 milhões de pessoas, e de Hitler, que matou nos campos de concentração nazistas mais de 6 milhões de judeus.
Enfim, a Bíblia revela que o oitavo rei será mesmo a “besta” ou poder perseguidor, que vai receber total apoio dos Estados Unidos da América, a segunda besta de Apocalipse 13, que emergiu da terra, enquanto a primeira besta emergiu do mar: povos e nações. Contudo, o Papa só poderá ser considerado a “besta do apocalipse” depois que assinar um decreto confirmando a obrigatoriedade da observância do domingo como dia de repouso em reverência e obediência ao Papado, contrariando a Bíblia que diz ser o sábado o sinal de Deus (Ezeq. 20:12,20).
_________________________
Wilson Dias, escritor, jornalista e estudioso de assuntos relacionados a história, filosofia e fundamento das religiões.
Observação: É importante lembrar que a grande questão da humanidade sempre foi e será a adoração. A quem adoramos? Assim foi desde o princípio e não seria exceção no final da história.
A quem adoramos? Ao Deus único e verdadeiro, o Deus e Pai de Jesus Cristo (Efésios 1:3, Rom. 15:6, II Cor. 11:31,…) ou ao deus Trindade estabelecido nos porões de Roma?
É bem verdade que o Sábado é o santo dia do Senhor e deve ser guardado, sim; mas, o sinal que o povo de Deus receberá na fronte será o nome de Deus e do Cordeiro.
E olhei, e eis o CORDEIRO em pé sobre o Monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que traziam na fronte escrito o nome DELE e o nome de seu PAI. Apocalipse 14:1-2.