No evangelho de João capítulo 17, verso 3, Cristo afirmou: “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”.
Algumas verdades solenes estão presentes nessa possante e lapidar afirmação de Cristo, o Filho único do Deus único:
1- Não existe para Cristo uma trindade, pois, na divindade Ele menciona apenas dois e somente dois seres: o Pai e o Filho.
2- Definiu a vida eterna como consistindo, em resumo, em conhecer ao Pai, Único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, aquele que o Pai enviou. Ele não fala em uma 3a. pessoa na divindade.
3- Afirma categoricamente que o verdadeiro e maior, em essência, é o Pai.
4- A afirmativa de Cristo é de um significado transcendental, inigualável, imbatível, na medida em que Ele, Cristo, a maior autoridade do Universo depois do Pai, foi quem assim se expressou, MOSTRANDO A RELEVÂNCIA DO TEMA DA VERDADEIRA ADORAÇÃO QUANDO AFIRMA QUE A VIDA ETERNA CONSISTE EM CONHECER AO PAI COMO ÚNICO DEUS VERDADEIRO E A JESUS, AQUELE POR ELE ENVIADO, superando quaisquer teorias ou afirmativas contrárias de quem quer que seja, anteriores ou posteriores, NOCAUTEANDO, DESMORONANDO, O DOGMA ROMANO DA TRINDADE.
No mesmo evangelho de João, no capítulo 8:26, assim lemos, palavras do próprio Cristo: “Muito tenho que dizer e julgar de vós, mas AQUELE QUE ME ENVIOU É VERDADEIRO; e o que dele tenho ouvido, isso falo ao mundo”.
No entanto, ao lermos a primeira epístola do mesmo apóstolo João, capítulo 5, o mesmo capítulo que contém forte adulteração reconhecida sobejamente pela crítica textual, conhecida como ‘coma joanina’, versos 7 e 8 elaborada para apoiar o dogma romano da trindade, encontramos o verso 20: “Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”. ARA, 1993.
Se entendermos como se têm explicado, que Cristo é o verdadeiro Deus e não o Filho de Deus, tudo o mais que Cristo falou e o restante da Bíblia que mostra, a exemplo do que o apóstolo Paulo escreveu em I Cor. 8:6 que para ele o único Deus é o Pai e o único Senhor, é Jesus, todo o restante da Bíblia torna-se mentira, só porque alguém, mal intencionado ou não, traduziu o texto tendenciosamente para apoiar o dogma romano da trindade.
Ora, se observarmos bem, esse verso diz exatamente o contrário do que Cristo disse no verso 3 do capítulo 17 de João, que refere-se à oração sacerdotal de Cristo pelos seus discípulos.
Aqui se diz que é Cristo o verdadeiro Deus e a vida eterna. Ora, onde ficou o Pai que Cristo afirmou ser o verdadeiro Deus? O Pai não é mais o “Único Deus verdadeiro” como afirmado pelo próprio Cristo em João 17:3 e registrado pelo mesmo autor de I João? E a 3ª pessoa da santíssima trindade como defendem os trinitarianos, onde fica? Se o verso diz o que parece dizer, a trindade acaba duma tacada só, com um só verso!
Como entender então esse labirinto, que muito se assemelha à adulteração feita no mesmo capítulo 5 de I João, versos 7 e 8? (A própria iasd admitiu junto com outras corporações religiosas que I Jo. 5:7 e 8 é adulterado. Confira em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2009/frlic932009.html e que os homens alteraram as Escrituras para elas parecerem dizer o que Deus não disse. Infelizmente, após reconhecer a adulteração, sem qualquer prova bíblica, volta-se para o próprio vômito e defende o deus trino criado nos porões de Roma).
É de grande valor o livro O que Jesus Disse? O que Jesus Não Disse? Quem alterou a Bíblia e porque, de autoria de Bart D. Ehrman. Tive a grande felicidade de lê-lo todo. Como aprendi! Recomendo sua leitura a todos que querem deixar de ser enganados.
Sobre as adulterações das Escrituras Sagradas, EGW escreveu: “Vi que Deus havia de maneira especial guardado a Bíblia, ainda quando dela existiam poucos exemplares; e homens doutos nalguns casos mudaram as palavras, achando que a estavam tornando mais compreensível quando, na realidade, estavam mistificando aquilo que era claro, fazendo-a apoiar suas estabelecidas opiniões, que eram determinadas pela tradição. Vi, porém, que a Palavra de Deus, como um todo, é uma cadeia perfeita, prendendo-se uma parte à outra, e explicando-se mutuamente. Os verdadeiros pesquisadores da verdade não devem errar; pois não somente é a Palavra de Deus clara e simples ao explanar o caminho da vida, mas o Espírito Santo é dado como guia na compreensão do caminho da vida ali revelado”. – Primeiros Escritos, cap. 51.
Vamos, então, ver o que o verso diz de fato e não o que fizeram parecer dizer.
I João 5:20: “Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”.
“Reconhecermos o verdadeiro”, que significa isso? Cristo já dissera em João 8:26 e 17:3 que esse verdadeiro refere-se ao Pai, único Deus verdadeiro. Foi para isso que Cristo veio, para nos dar entendimento sobre esse verdadeiro.
“e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo”. Aqui fica claro que estamos no verdadeiro, quando estamos em Seu Filho, mediante ou por meio de Jesus Cristo. Agora sim, há sentido, há coerência com o restante das Escrituras Sagradas. Fora isso é um arrumadinho de péssimo mau gosto para apoiar o dogma romano da trindade em detrimento da segura Palavra de Deus. Isso sim, se chama torcer as Escrituras para a própria perdição (II Ped. 3:15 e 16).
Aí o verso conclui: “Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”. Só podemos entender que esse verdadeiro Deus e a vida eterna se refiram ao Pai e não a Cristo, uma vez que Cristo, divino Filho desse verdadeiro Deus, veio revelá-LO ao mundo.
João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Quem amou primeiramente a nós foi o Pai e por isso deu-nos o Seu Filho unigênito para a nossa salvação.
Alguém escreveu: “Antes de uma cruz ser fincada lá no Calvário, foi encravada no coração de Deus”; o Pai deu Seu Filho único para nos salvar, pelo que Ele (o Pai) é o primeiro salvador, depois, Cristo. Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador (I TIMÓTEO 2:3); nem defraudando, antes mostrando perfeita lealdade, para que em tudo sejam ornamento da doutrina de Deus nosso Salvador (TITO 2:10).
Alguém, com sabedoria escreveu: “Antes de a cruz ser fincada no Calvário, foi primeiramente fincada no coração de Deus”.
Foi esse Deus verdadeiro e único a quem Cristo, o divino Filho único do Deus único e verdadeiro, veio revelar.
Amém, aleluia.
Ver também o que está publicado em: http://www.adventistas-bereanos.com.br/2007fevereiro/quemeoverdadeirodeusde1joao5.20.htm
Um Comentário
JOSE PEREIRA DE MORAES JUNIOR
11 de abril de 2012 at 16:07JESUS É DEUS?
A palavra “Deus”, na Biblia, nem sempre tem o significado de “Pai Criador Eterno”, “Jeová”, ou um “nome próprio”, como alguns querem nos fazer crer. Na verdade é um pronome de tratamento e não um substantivo próprio como se referisse a alguma pessoa especificamente quando o termo é usado. Para confirmar isto note as seguintes passagens da Escritura Sagrada:
MOISES – Exodo 7: 1 – Então disse o Senhor a Moises: Eis que te tenho posto por deus sobre Faraó, e Arão, teu irmão, será teu profeta.
Á RESPEITO DE PESSOAS CONSAGRADAS – Salmos 82:6 – Eu disse: Vós dois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo.
JESUS CONFIRMANDO A INFORMAÇÃO – João 10:33-36 – Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque, sento tu homem, te fazes Deus a ti mesmo. Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse? Sois deuses?: Pois, se a lei chamou deuses Àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida, e a Escritura não pode ser anulada, Aquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, vós dizeis: blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?
É bom que fique claro que a palavra “Deus” não significa sempre Criador (O Pai), tão somente, mas estabelece também “Nível” ou Status”, como vimos anteriormente e pode se referir a pessoas especiais.
O que não podemos jamais, é confundi-los com o Pai, ou usar passagens ou criar jogo de palavras ou montar doutrinas, ocultando informações e suprimindo a clareza que a Escritura Sagrada nos passa como um todo, tentando estabelecer a doutrina da Trindade.
Assim entendendo, é fácil harmonizar e comprender passagens das escrituras como Hebreus 1:8: -Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos.
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