ENTENDA COMO A DOUTRINA DA TRINDADE NEGA A MORTE DE CRISTO NO CALVÁRIO E APROXIMA A IASD DO ESPIRITISMO

Verdade Bíblica

Para salvar o homem da morte eterna, Jesus Cristo pagou o preço de seu resgate na cruz do calvário. O valor da salvação do homem era de tal maneira elevado que apenas o Seu próprio Criador poderia pagá-lo.

O preço de resgate do homem, em nenhum momento foi rebaixado por Deus. O valor exigido era a vida do criador em troca da vida da criatura. E na cruz, o preço da salvação do homem foi pago em toda sua integralidade, em toda sua plenitude.

Houve na cruz a morte do Filho de Deus. Houve morte completa, total, extinção plena do Filho de Deus. Na cruz, o Filho de Deus, Jesus Cristo, que se fizera homem, morreu realmente e foi sepultado. Está é a verdade bíblica. É assim que a Bíblia relata o acorrido com o Filho de Deus.

Versão Humana

Apesar de a Bíblia ser clara a respeito deste assunto, os homens criaram uma outra versão que contraria a verdade bíblica. A versão dos homens diz que na cruz, não houve uma morte plena, não houve uma morte real, e sim, uma meia morte, uma morte parcial.

A criação de uma morte parcial para o Filho de Deus, é decorrente da necessidade de manter a lógica interna da Doutrina da Trindade. Sendo Cristo coeterno com o Pai, tendo vida original, vida não emprestada, vida não derivada da mesma maneira que o Pai, ele não poderia estar sujeito à morte e portanto, a morte que ocorreu na cruz, não ocorreu da mesma forma que ocorre com qualquer ser humano.

Para que a morte de Cristo pudesse se harmonizar com a Doutrina da Trindade, foi preciso criar uma outra fantasia, uma outra mentira para dar lógica a primeira: A MENTIRA DAS DUAS NATUREZAS!

Sim, a doutrina que ensina que Cristo possuía duas naturezas, a divina e a humana, é o elemento que faz a harmonia da Doutrina da Trindade com a morte de Cristo na cruz. Dessa forma, os trinitaristas têm na cruz uma morte parcial, incompleta, ineficaz para pagar o preço pelo resgate do homem pecador.

O que diz essa doutrina sobre as duas naturezas do Filho de Deus?

“A pessoa de Cristo possuía duas naturezas: divina e humana. Ele é o Deus-Homem.” — Nisto Cremos, Casa Publicadora Brasileira, pág. 76.

“Durante a crucifixão a sua natureza humana morreu, e não a sua Divindade, pois isto seria algo impossível.” — Nisto Cremos, Casa Publicadora Brasileira, pág. 77.

Está é a doutrina das duas naturezas de Cristo: uma pessoa com duas naturezas, a divina e a humana. Uma pessoa que morre só pela metade e, por isso, não poderia ser o Salvador da humanidade!

Os adventistas defensores desta doutrina deveriam procurar saber onde ela tem sua origem, e, a partir disto, questionar a sua veracidade pela Bíblia e pelo Espírito de Profecia. A origem desta doutrina é papal em toda a sua concepção e inclusive com local e data.

“A verdadeira doutrina fôra magistralmente exposta, dois anos antes, pelo papa São Leão, numa carta que se tornaria célebre, dirigida ao patriarca Flaviano. Referia-se aos seguintes pontos, que continuam sendo o resumo da fé católica: 1) Em Jesus Cristo, há uma só pessoa, a pessoa do Verbo Encarnado em nossa natureza; 2) Nesta pessoa única do Verbo, após a encarnação, há duas naturezas, a natureza divina e a humana, sem mistura e sem fusão possíveis; 3) Cada uma das naturezas mantém atividade própria, atividade que exerce em comunhão com a outra; 4) Em virtude da união substancial das duas naturezas, devemos atribuir só ao Verbo o que, em Cristo, pertence ao Filho de Deus e ao Filho do homem. (…) Ensinamos unanimemente que há um só e mesmo Filho, nosso Senhor, perfeito em sua Divindade e perfeito em sua humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, composto de alma racional e de corpo, consubstancial ao Pai, segundo a Divindade e consubstancial a nós segundo a humanidade, semelhante a nós em tudo, exceto opecado.” — CRISTIANI, Monsenhor. Breve História das Heresias, São Paulo, Livraria Editora Flamboyant, 1962, págs. 40-41.

Quando um adventista aceita esta doutrina, ele aceita um ensino genuinamente católico e com toda sua carga de espiritismo!

E Agora, Irmão?

Para quem acredita que o homem possui um espírito imortal, aceitar que na cruz tenha morrido apenas a humanidade de Jesus, não gera problema nenhum, visto que a crença na vida após a morte não impõe impossibilidade alguma à morte apenas do corpo carnal de Cristo.

Mas para quem acredita no ensino bíblico da mortalidade plena do homem, a contradição está posta.

Para que Cristo tenha sofrido apenas a morte de sua humanidade, faz-se necessária a criação de uma exceção à regra universal da morte para a pessoa de Cristo. E é exatamente isto que os defensores adventistas das duas naturezas simultâneas de Cristo fazem.

Todas as pessoas perecem completamente com a morte, menos Jesus. A pessoa de Cristo nunca morreu. Morreu apenas sua natureza humana! é o que os trinitaristas ensinam.

Teria havido na cruz, apenas uma grande encenação, um grande teatro onde o Pai era o diretor e Cristo o ator principal. Todo o Universo teria sido enganado por Deus. A pessoa de Jesus Cristo, seu Filho, jamais morreu na cruz. E sua revelação máxima de amor foi apenas uma simulação…

Jesus: Homem de Verdade

Jesus Cristo não só não morreu na cruz, como Ele próprio voltou de algum lugar e retomou Seu corpo que estava no sepulcro e novamente deu vida a carne que estava morta. É assim que você crê, irmão? Esperamos que não. Pois essa é a morte expiatória da Doutrina da Trindade. A morte expiatória da Bíblia e do Espírito de Profecia é outra e completamente diferente desta.

Em primeiro lugar, desafiamos os defensores do trinitarismo a encontrarem um único texto bíblico que mencione a idéia das duas naturezas simultâneas de Cristo. Em segundo lugar, desafiamos a encontrarem um texto que diga que Cristo Se auto ressuscitou.

O que o texto bíblico apresenta com toda clareza, é, que, Cristo …existindo em forma de Deus, para salvar o homem, torna-Se um homem como qualquer um de nós, para em tudo ser tentado como um de nós.

Cristo ao Se encarnar, abre mão dos seus atributos divinos e os deposita nas mãos do Pai. Cristo ao Se encarnar, Ele o faz despojado dos atributos divinos. Ele continua sendo Filho de Deus, porque Sua origem primeira é o Pai e, portanto, nunca deixou de ser Filho de Deus. Por conseqüência, sempre foi adorado como Deus.

Na encarnação, o Verbo se fez homem. O único Filho de Deus torna-se homem para pagar o preço do resgate do homem. A encarnação é o início da suprema humilhação do unigênito Filho de Deus.

“Teria sido quase uma suprema humilhação para o Filho de Deus, revestir-se da natureza humana mesmo quando Adão permanecia em seu estado de inocência no Éden. Mas Jesus aceitou a humanidade quando a raça havia sido enfraquecida por quatro mil anos de pecado. Como qualquer filho de Adão, aceitou os resultados da operação da grande lei da hereditariedade. O que estes resultados foram, manifesta-se na história de seus ancestrais terrestres. Veio com essa hereditariedade para partilhar de nossas dores e tentações, e dar-nos o exemplo de uma vida impecável.” — O Desejado de Todas as Nações, pág. 41.

O Verbo Divino tornou-Se homem de uma maneira completa. O Verbo Divino Se transformou em homem e morreu como homem.

Jesus: Homem para Sempre!

Ao tornar-Se humano, o Verbo Divino não se sujeita a alguma coisa que seria transitória, que depois da eliminação do pecado Ele novamente voltaria à condição anterior à encarnação. O Filho de Deus tornou-Se homem para toda a eternidade. O sacrifício do Pai e do Filho foi maior do que, talvez, temos percebido até o momento.

“Ao tomar nossa natureza, o Salvador ligou-se à humanidade por um laço que jamais se partirá. Ele nos estará ligado por toda a eternidade. ‘Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito.’ Não o deu somente para levar os nossos pecados e morrer em sacrifício por nós; deu-O à raça caída. Para nos assegurar seu imutável conselho de paz, Deus deu seu Filho Unigênito a fim de que se tornasse membro da família humana, retendo para sempre sua natureza humana. ” — O Desejado de Todas as Nações, pág. 21.

Ao encarnar-se, o Verbo de Deus não sofre mudança em Sua pessoa e, sim, em sua natureza. A pessoa de Cristo continua sendo a mesma ontem, hoje e eternamente, mas, houve mudança em Sua natureza e a mudança que houve é eterna, tanto é que a Bíblia afirma:

“Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” I Timóteo 2:5.

Leia também I Coríntios 15:12-15 e 26-28:

Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam.

…O último inimigo a ser destruído é a morte. Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.

A mesma mudança que houve em Jesus, haverá nos que hão de herdar a vida eterna, só que no sentido inverso. Cristo, de corpo espiritual, passou para corpo carnal. Nós os homens, após a glorificação, passaremos de corpo carnal para corpo espiritual. Passaremos de uma natureza à outra sem que haja mudança em nossa pessoa, em nosso caráter.

Duas naturezas não simultâneas

Este é um registro bíblico acerca da natureza de Cristo após a ressurreição:

“Falavam ainda estas coisas quando Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: Paz seja convosco! Eles, porém, surpresos e atemorizados, acreditavam estarem vendo um espírito. Mas ele lhes disse: Por que estais perturbados? E por que sobem dúvidas ao vosso coração? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, por não acreditarem eles ainda, por causa da alegria, e estando admirados, Jesus lhes disse: Tendes aqui alguma coisa que comer? Então, lhe apresentaram um pedaço de peixe assado e um favo de mel. E ele comeu na presença deles.” Lucas 24:36-43.

Jesus, antes da encarnação era um ser espiritual – Deus (SEU DEUS E SEU PAI) é espírito – e após a encarnação, Cristo é um homem, um ser carnal. Como homem, Ele intercede por nós diante do Pai. Como homem, Ele está hoje no Santuário Celestial. Como homem de carne e osso, mas glorificado, Ele retornará à Terra.

Não houvesse Cristo se tornado carne da nossa carne, não poderia Ele morrer na cruz para nos salvar. Ao tornar-se homem, Cristo abre mão de seus atributos divinos: imortalidade, onipotência, onipresença, onisciência e os depõe às mãos do Pai, passando a ser inteiramente dependente dEste a partir de então.

“Quando Jesus fora despertado para enfrentar a tempestade, estava em perfeita paz. Nenhum indício de temor na fisionomia ou olhar, pois receio algum havia em seu coração. Contudo, não era na posse da força onipotente que Ele descansava. Não era como o ‘Senhor da Terra e do céu’ que repousava em sossego. ESSE PODER DEPUSERA-O ELE, e diz: ‘Eu não posso de Mim Mesmo fazer coisa alguma.’ Confiava no poder de Seu Pai. Foi pela fé -no amor e cuidado de Deus- que Jesus repousou, e, o poder que impôs silêncio à tempestade, foi o poder de Deus.” — O Desejado de Todas as Nações, pág. 319.

Jesus Cristo é a Pessoa Divina, o Verbo Divino que Se fez homem. O Cristo que morreu na cruz é a Pessoa do Filho de Deus que Se fizera homem.

Quando morto, o Filho de Deus, que Se fizera homem, deixou de existir por completo. Durante três dias e três noites, Ele só existiu como lembrança na mente do Pai e de todos os seres criados. Durante aqueles três dias e três noites, o Universo ficou sem o seu Agente Criador.

A morte que atingiu o Filho de Deus que se fizera homem, atingiu-o em toda Sua plenitude de pessoa com natureza humana. A morte de Cristo não foi uma encenação, como propõe a Doutrina da Trindade. Cristo no sepulcro estava morto e completamente morto. Tão morto que foi preciso que o Pai o chamasse à vida novamente.

Um homem morto não pode se auto-ressuscitar, a não ser que ele não esteja morto. Por isso, Cristo morreu e o Pai O ressuscitou. Esta é a verdade bíblica. Acreditar e ensinar algo diferente disto, é mentir e enganar, indo além da verdade bíblica.

“Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras.” I Coríntios 15:3.

“E achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz.” Filipenses 2:8.

“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós sendo nós ainda pecadores.” Romanos 5:8

“…que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos, e pondo-o à Sua direita nos céus.” Efésios 1:20.

“Deus ressuscitou a este Jesus, do qual todos nós somos testemunhas.” Atos 2:32.

“…ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.” Atos 2:24.

“E matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dos mortos, do que nós somos testemunhas.” Atos 3:15.

“Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nos pelo Seu poder.” I Coríntios 6:14.

“Paulo, apóstolo, não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos.” Gálatas 1:1.

Cristo nunca foi uma pessoa com duas naturezas simultâneas. Podemos, sim, afirmar que o Filho de Deus teve duas naturezas, porém, separadas no tempo. Uma natureza antes da encarnação e outra após a encarnação.

Antes da morte na cruz, Cristo podia voltar a ter a natureza que possuía antes da encarnação. Isto Ele mostrou no monte da transfiguração. Para voltar a ter a natureza de antes da encarnação, Cristo precisava pedir que o Pai o glorificasse.

A morte na cruz sacramentou o sacríficio eterno do Filho de Deus. Para sempre Cristo tornara-se homem. Cristo ficou para sempre embaraçado com a humanidade.

“Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigênito, para todo aquele que Nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16. Sem a Doutrina da Trindade, o sacrifício do Pai e do Filho adquire uma grandeza incomensurável.

Deus permita que os sinceros enxerguem a verdade e possam abandonar o erro. —
Elpídio da Cruz Silva, FOI adventista POR mais de 20 anos.
FONTE: http://www.adventistas.com/abril2003/irmao_elpidio5.htm

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