ATALAIAS OU CÃES MUDOS?

Por Paulo A. da C. Pinto e Rosilene C. C.  Pinto — Adventistas há 52 e 42 anos, respectivamente, excluídos da IASD em 16.03.04, por não crerem na doutrina católica da trindade e considerarem a prática do dízimo extinta na cruz de Cristo, junto com o sacerdócio levítico. 

Atalaia é um vigia, guarda ou sentinela. Dia e noite os atalaias se renovavam na vigia. No passado e no presente o papel do atalaia é de fundamental importância para todos os povos.

A Palavra de Deus através do Profeta Ezequiel diz: “Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; quando ouvires uma palavra da minha boca, avisá-los-ás da minha parte… Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; se não o avisares, nem falares para avisar o ímpio acerca do seu mau caminho, a fim de salvares a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua iniqüidade; mas o seu sangue, da tua mão o requererei: Contudo se tu avisares o ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu mau caminho, ele morrerá na sua iniqüidade; mas tu livraste a tua alma.  quando o justo se desviar da sua justiça, e praticar a iniqüidade, e eu puser diante dele um tropeço, ele morrerá; porque não o avisaste, no seu pecado morrerá e não serão lembradas as suas ações de justiça que tiver praticado; mas o seu sangue, da tua mão o requererei. Mas se tu avisares o justo, para que o justo não peque, e ele não pecar, certamente viverá, porque recebeu o aviso; e tu livraste a tua alma.” Ezequiel 3:17 a 21.

Prestem atenção a esta PROFECIA feita por EGW no livro ME v I, p.204 e 205: “Permitirão que este homem apresente doutrinas que neguem a passada experiência do povo de Deus? É chegado o tempo de ação decidida”.

O inimigo das almas tem procurado introduzir a suposição de que uma grande reforma devia efetuar-se entre os adventistas do sétimo dia, e que essa reforma consistiria em renunciar às doutrinas que se erguem como pilares de nossa fé, e empenhar-se num processo de reorganização. Se tal reforma se efetuasse, qual seria o resultado? Seriam rejeitados os princípios da verdade, que Deus em Sua sabedoria concedeu à igreja remanescente. Nossa religião seria alterada. Os princípios fundamentais que têm sustido a obra nestes últimos cinqüenta anos seriam tidos na conta de erros. Estabelecer-se-ia uma nova organização. Escrever-se-iam livros de ordem diferente. Introduzir-se-ia um sistema de filosofia intelectual. Os fundadores deste sistema iriam às cidades, realizando uma obra maravilhosa. O sábado seria, naturalmente, menosprezado, como também o Deus que o criou. Coisa alguma se permitiria opor-se ao novo movimento. Ensinariam os líderes ser a virtude melhor do que o vício, mas, removido Deus, colocariam sua confiança no poder humano, o qual, sem Deus, nada vale. Seus alicerces se fundariam na areia, e os vendavais e tempestades derribariam a estrutura.“  EGW, ME., v.1, p.204 e 205.

Vejamos o cumprimento dessa profecia:

No livro a Trindade, publicado pela CPB da IASD, na p. 10 lemos: “A visão trinitariana da Divindade veio a tornar-se o ponto de vista padrão pelo menos a partir da década de 1940, se não antes… o voto mais recente ocorreu na seção da Associação Geral realizada em Dallas, Texas, em 1980”.

Percebemos, portanto, que deixaram a serva do Senhor morrer, em 1915, para alterarem sorrateiramente o firme fundamento doutrinário a que ela se referiu. Dessa forma, a apostasia Ômega, a última, começa a se configurar.

A Revista Adventista nas edições dos meses de junho e julho/2004 vem de modo muito enfático reafirmando, no artigo intitulado “A Divindade sofreu a penalidade?” (ed. Junho, p. 7), a heresia da trindade, primeiro insinuando que quando Cristo morreu na cruz, também o Pai e o Espírito Santo ali morreram, ao escreverem “quando dizemos que Deus morreu, isso se refere apenas à Divindade do Filho?”  Respondem “certamente, não!”  Também afirmam: “a morte do Deus-homem, Jesus, não é meramente a morte de um ser humano ou  de uma criatura extraterrestre; é também a morte de Deus! … a morte de Cristo requereu a Sua Divindade. Ela não morreu literalmente… Para usar a linguagem proverbial a divindade de Cristo morreu “mil mortes” quando da morte de Sua Divindade”.  Que confusão! Quanta semelhança ao espiritualismo!

Comentando o artigo, o irmão Elpídio da Cruz Silva, adventista há mais de vinte anos, excluído da igreja em 29/11/2003, por não crer na doutrina católica da trindade e falar contra ela, afirma no site Adventistas.Com:

“Quando os autores tornam a “divindade”, característica comum do Pai, do Filho e do Espírito Santo, (A divindade de Cristo é a plena divindade de toda a Divindade triúna. – parágrafo 3) e que a “divindade não morreu literalmente” eles simplesmente estão dizendo que na cruz, houve um embuste, uma encenação levada a cabo pelo Pai, Filho e Espírito Santo. Não houve morte na cruz, apenas uma representação.

O artigo não foi escrito para esclarecer, mas para confundir e confundir com ares de erudição. Os autores afirmaram que na cruz houve o sacrifício de um deus triúno, onde cada uma das outras duas pessoas, o Pai e o Espírito Santo, em razão da “profunda unidade e triúna unicidade em natureza” com o Filho, estavam na cruz “profundamente presentes e solidários com a morte substitutiva de Cristo”. Os autores fizeram um malabarismo mental extraordinário para colocar a trindade na cruz, mas não conseguiram.

Que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, é um fato inquestionável. Mas de que maneira Ele estava lá? Pessoalmente morrendo e não morrendo na cruz segundo a Revista Adventista ou de outra maneira completamente diferente?

A resposta de tão simples que é, me faz pensar  que os doutores da Andrews ficaram loucos. Se Deus estava em pessoa ou de qualquer outra maneira que pudesse ser percebido por Cristo, morrendo com Cristo na cruz, por que Cristo antes de morrer, exclamou: DEUS MEU, DEUS MEU, POR QUE ME DESAMPARASTE ???????.

Será que os autores do artigo ou os editores da R.A não têm em casa um exemplar do Desejado onde possam ler na página 724 que, “Naquela densa treva ocultava-Se a presença de Deus. Ele faz da treva o Seu pavilhão, e esconde Sua glória dos olhos humanos. Deus e Seus santos anjos estavam ao pé da cruz. O Pai estava com o Filho. Sua presença, no entanto, não foi revelada. Houvesse sua glória irrompido da nuvem, e todo expectador humano teria sido morto. E naquela tremenda hora não devia Cristo ser confortado com a presença do Pai. Pisou SOZINHO o lagar, e dos povos nenhum havia com ele.”

“Sobre Cristo como nosso substituto e penhor, foi posta a iniqüidade de nós todos (…) Toda a sua vida anunciara Cristo ao mundo caído as boas novas da misericórdia do Pai, de seu amor cheio de perdão. A salvação para o maior pecador, fora seu tema. Mas agora, com o terrível peso das culpas que carrega, não pode ver a face reconciliadora do Pai. O afastamento do semblante divino, do Salvador, nessa hora de suprema angústia, penetrou-Lhe o coração com uma dor que nunca poderá ser bem compreendida pelo homem. (…) Temia que o pecado fosse ofensivo a Deus, que sua separação houvesse de ser eterna.” O DTN, p. 723.

Na RA de julho de 2004 p. 5-7, contrariando o Espírito de Profecia, no livro ME vol I p. 203, onde somos advertidos a não entrar “em controvérsia em relação à presença e personalidade de Deus”, escreveram o artigo intitulado “A personalidade e a divindade do Espírito Santo”:

1) insinuando que Deus não tem corpo;

2) descaracterizando os pioneiros adventistas, acusando-os de os mesmos terem estado “contagiados por idéias antitrinitarianas”, portanto, sendo “temerário tomarmos os pioneiros como exemplo…”;

3) Reconhece que o movimento dos adventistas leigos se espalha por todo o mundo, mas os calunia afirmando que “ o pináculo da sua insensatez” é considerarem  a 3ª pessoa da Divindade como sendo Lúcifer, ao mesmo tempo que se contradiz quando afirma que estão considerando o Espírito Santo como uma influência ou espécie de corrente elétrica. Afinal, estão dizendo isso ou aquilo?;

4) Apela para a ignorância, quando amedronta os irmãos afirmando que quem não crê no Espírito Santo como sendo a 3ª pessoa da Santíssima Trindade – conforme estabeleceu o dogma católico da trindade em 325 d.C.- e acrescenta: “É tudo com Ele, ou nada sem Ele”. Sem Ele é perdição. Não seria adequado, sensato, voltar às origens, crendo na Bíblia e no Espírito de Profecia genuínos, os quais nos mostram que a divindade é o Pai e o Seu Filho Jesus Cristo e que o precioso Espírito Santo é o Espírito de Deus ou o Espírito de Cristo, Sua glória, Sua presença invisível entre nós, ao invés de um outro Deus?

5) Como que desconhecesse a profecia de ME v.1, p.204 e 205, acusa o movimento leigo que ganha “ proporções mundiais” de compor o “ cerne da apostasia ômega”. Que lástima para quem tem o manancial da Bíblia e do Espírito de Profecia!

Mas, a profecia mencionada também fala:

1) Os princípios fundamentais que têm sustido a obra nestes últimos cinqüenta anos seriam tidos na conta de erros; 2) Escrever-se-iam livros de ordem diferente; 3)Introdução de um sistema de filosofia intelectual; 4) O sábado seria, naturalmente menosprezado (hoje é prática comum transformar o santo dia do Senhor em dia de treinamento, muitas vezes em eventos com entrada paga, discriminando os que têm menos dinheiro), como também o Deus que o criou. “ Coisa alguma se permitiria opor-se ao novo movimento. Ensinariam os líderes ser a virtude melhor do que o vício, mas, removido Deus, colocariam sua confiança no poder humano, o qual, sem Deus, nada vale. Seus alicerces se fundariam na areia, e os vendavais e tempestades derribariam a estrutura.“ EGW, ME., v.1, p.204 e 205. Estes serão os pontos a serem abordados nos próximos programas.

Deus nos livre de se cumprir em nós o que ocorreu com o Israel passado conforme relata o Profeta Isaías, capítulo 56, verso 10: “TODOS os seus atalaias são cegos, nada sabem; todos são cães mudos, não podem ladrar; deitados, sonham e gostam de dormir”.

Nestes dias que antecedem a breve volta do Senhor Jesus, a questão é: ser um atalaia ou um cão mudo.

Deus nos conserve fiéis à Sua Palavra, até que em breve estejamos com o Pai e seu Filho Jesus Cristo para sempre.

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