O CRIACIONISMO PODE SER ENSINADO NAS AULAS DE CIÊNCIAS?

Histórico do Artigo

Fomos convidados pela Folha de São Paulo para abordar o tema “O criacionismo pode ser ensinado nas aulas de Ciências?”. Partidários que somos de que a resposta a esta pergunta é um sonoro “SIM”, soubemos que outro autor, de opinião contrária, seria convidado a também escrever artigo de mesmas proporções. O artigo que escrevemos foi publicado na íntegra no dia 06/12/2008 com título “A teoria da evolução e os contos de fadas “. Em email enviado ao jornalista Uirá Perrucci Toledo Machado, Coordenador de Artigos e Eventos da Folha de São Paulo, dissemos: “Como o texto é pequeno, apenas 4 mil caracteres, não é possível um aprofundamento maior, o que nos deixa com algumas afirmações sem as devidas comprovações, como seria desejável em um texto de natureza científica. Para resolver este problema, estou postando este mesmo texto expandido, com tais complementos, em uma página especificamente separada para este fim em nosso domínio e que só estará online a partir da publicação do texto anexo pela Folha. Espero que não haja restrição de sua parte à breve referência que fiz a este fato no corpo do texto. “. A referência ao link foi citada e o que encontra-se logo a seguir é o texto publicado pela Folha de São Paulo, expandido de modo a conter todos os esclarecimentos que não foram possíveis no texto original por falta de espaço.

Christiano P. da Silva Neto
[email protected]
Presidente da ABPC
Associação Brasileira de Pesquisa da Criação

O CRIACIONISMO PODE SER ENSINADO NAS AULAS DE CIÊNCIAS?

A visão das origens que emana da religião é, obviamente, criacionista. Opositores do criacionismo têm, então, feito uso desse fato para descaracterizá-lo como científico e assim não permitir sua entrada nas aulas de ciências. Marcelo Leite, por exemplo, refere-se ao criacionismo como a “doutrina segundo a qual Deus criou o mundo…”, o que reflete o equívoco em que se baseiam seus conhecimentos a respeito do tema. É óbvio que criacionistas cristãos têm interesse em ver em que medida suas conclusões científicas se ajustam às suas convicções cristãs. Entretanto, não distinguir uma atividade da outra e fazer disso um pretexto para denegrir o criacionismo não pode ser considerado uma atitude honesta.

É a teoria da evolução que apregoa, com base em um mecanismo que evolucionistas até hoje não conseguiram explicitar, que simples átomos de hidrogênio (praticamente o único subproduto da suposta explosão do Big-Bang) acabaram, com o tempo, por se transformar em seres humanos e, de passagem, deram origem a tudo o mais que compõe este imenso universo que nos abriga. Assim, só não vê o óbvio quem não quer: a teoria da evolução não passa de um mito que, do século dezenove, invadiu o século vinte chegando até os nossos dias. Por isso, criacionistas não têm a menor pretensão de se insurgir contra a verdade científica, nem tampouco têm a intenção de se afastar do campo de batalha intelectual em que defendem seus pontos de vista, por crerem que a melhor arma contra a teoria da evolução é a própria ciência, isenta de fantasia e de preconceitos.

Quem pensa que a teoria da evolução é uma unanimidade precisa visitar o site , para encontrar uma lista de mais de 700 cientistas de várias partes do mundo, todos doutores em várias áreas científicas e céticos em relação ao evolucionismo, muitos deles criacionistas convictos. Foi por esse motivo que L. Hatfield assim se pronunciou em seu artigo “Educators Against Darwin”, publicado em Science Digest Special em 1979, PP. 94-96: “Cientistas que rejeitam por completo a evolução constituem uma de nossas minorias controversas mais crescentes . . . Muitos cientistas que apóiam essa posição detêm impressivas credenciais em ciência”.

Do ponto de vista científico, o criacionismo resulta das seguintes perguntas: “O que nos dizem os fatos da natureza e os resultados das pesquisas realizadas pelos cientistas (não importando suas ideologias) acerca das origens do universo e da vida? Falam eles de uma origem naturalista ou sobrenaturalista?” São as respostas daí advindas que devem nortear os nossos passos, obtidas sem qualquer recurso a conceitos religiosos. Este tipo de conduta tem produzido os resultados que constituem o corpo do que denominamos de criacionismo e que nos leva a entender a origem sobrenaturalista do universo e da vida.

A julgar por essas considerações, pode-se concluir que o criacionismo não só pode como deve ser ensinado nas aulas de ciências de todos os níveis do nosso sistema educacional, e não só nessas aulas, mas onde quer que incida o tema origens. Não fazê-lo é sonegar aos alunos importantes conhecimentos científicos que nos dão uma clara visão da estrutura do universo e, de modo muito particular, realçam a importância de cada uma de suas partes nesse contexto. Infelizmente, hoje, os setores acadêmicos encontram-se dominados pelos evolucionistas que não permitem que os criacionistas adentrem as salas de aula e também os impedem de publicar os seus trabalhos em revistas científicas por eles controladas.

Em seu artigo “Criacionismo no Mackenzie”, FSP-Mais 30/11/2008, Marcelo Leite cita o que ele considera provas indiscutíveis do evolucionismo. Seria ótimo se tivéssemos mais espaço neste trabalho para mostrar que tais provas não são sustentadas nem mesmo por cientistas evolucionistas e, portanto, não passam de mais um equívoco de sua parte. Ele afirma que inúmeras observações comprovam postulados centrais do darwinismo, como a ascendência comum, isto é, que todas as espécies provêm de um ancestral único. Seria interessante dar a ele um tempo para que seja proferida uma palestra sobre essas inúmeras observações. Só há uma única verdade em sua afirmação: o fato de que a asserção “todas as espécies provêm de um ancestral único” é um postulado, isto é, uma proposição não evidente nem demonstrável, aceita como verdadeira em um determinado contexto. Alguma evidência nessa direção poderia advir do registro fóssil, mas veja o que disse o anti-criacionista Stephen Jay Gould a esse respeito em seu artigo “Is a new and general theory of evolution emerging?”, Paleobiology, vol. 6, nº 1, Jan. 1980, p. 127: “A ausência de evidência fóssil para os estágios intermediários . . . tem sido um problema contínuo e persistente para os adeptos da evolução gradualista”, panorama que não tem sido modificado desde então. E quando o Marcelo Leite menciona a molécula de DNA! É fácil dizer que os primeiros seres vivos “inventaram” esse meio de transmitir suas características genéticas de uma geração para outra! Inventaram como? Como teriam sido reunidas, ao sabor do acaso, as miríades de informações de que se compõem as moléculas de DNA e que precisam estar numa ordem estabelecida para funcionar? Dizer por dizer, qualquer um pode fazer, mas isso não tem qualquer valor científico!

Na verdade, entre outros, dois fatos impulsionaram a teoria da evolução: um deles foi a questão ideológica, porque a visão das origens que emana do ateísmo é a evolucionista e muitos evolucionistas são ateus ou simpatizantes do ateísmo, e isto sim é praticar ciência ao avesso: é partir da convicção ateísta de que nada existe além do universo, caracterizar o naturalismo como a filosofia dominante e admitir o evolucionismo como conseqüência inevitável. Isto fica claro nos escritos transparentes de Dawkins, que agora deixa de lado os argumentos científicos e mostra sua verdadeira face, fundando uma associação com o objetivo claro e inequívoco de combater a religião, com a pretensão de libertar os jovens dos conceitos religiosos. Esta era a verdadeira batalha em que ele estava envolvido, não muito diferente da batalha em que se encontram outros autores evolucionistas em que também se observa uma aversão à religião como principal motivação que trouxe como conseqüência a adesão ao evolucionismo; o outro fato é o desconhecimento das bases da teoria das probabilidades. Tivessem eles algum conhecimento dessa parte da matemática saberiam que não basta imaginar acontecimentos para que eles se tornem reais. E é exatamente pela falta desse conhecimento que evolucionistas ficam oscilando em suas considerações a respeito das possíveis causas da evolução.

Há alguns anos a mídia noticiou a conclusão a que haviam chegado alguns cientistas evolucionistas a respeito de certas características na dentição em seres humanos. Eles afirmaram que a população mundial se dividia em quatro grandes segmentos quando consideradas as diferenças encontradas nas arcadas dentárias de seres humanos e que isso se devia aos costumes alimentares em diferentes regiões. Afirmaram também que hoje essas diferenças já haviam se tornado uma característica genética desses grupos populacionais, transmitidas de geração em geração como resultado da evolução experimentada pela espécie humana ao longo dos últimos milhares de anos.

Ora, admitir essa possibilidade é o mesmo que ressuscitar conceitos lamarckianos que há muito já foram mortos e enterrados pelos próprios evolucionistas. Com base neste mesmo tipo de raciocínio se poderia esperar que um dia as cirurgias que fazemos em cães para que fiquem com suas orelhas em pé não seriam mais necessárias. Isto é impossível e quem o afirma é a verdadeira ciência porque, para serem perpetuadas, tais transformações teriam que primeiro ser devidamente escritas em nossos códigos genéticos.. Por aí se percebe que esta é uma luta do tipo vale-tudo mesmo. Evolucionistas parecem entender que para fazer valer seus pontos de vista tudo é permitido, até mesmo desenterrar conceitos por eles mesmos sepultados. Mas será que está é uma conduta que se poderia classificar de científica?

Recentemente, a imprensa noticiou que os neandertalenses, supostos primos distantes do homem na escala da evolução, comiam seus semelhantes (Veja, nº 1618, 06/10/99, p. 114). A reportagem começava dizendo que: “Os mesmos homens de Neandertal que tocavam flautas primitivas e punham flores no túmulo dos mortos 100 mil anos atrás carregavam uma faceta bem mais cruel. Na semana passada, paleoantropólogos franceses e americanos revelaram pela primeira vez provas contundentes de que esses primos dos Homo sapiens, extintos há 30 mil anos, praticavam canibalismo e comiam até mesmo crianças e adolescentes de sua espécie”.

A reportagem prosseguia dizendo que os pesquisadores Alban Defleur, da Universidade do mediterrâneo, em Marselha, e Tim White, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, haviam conseguido reconstituir, a partir de ossos de 120 mil anos, a forma como as vítimas eram esquartejadas antes de serem comidas. Dizia também que a riqueza de detalhes levantados pelos cientistas era impressionante, obtidos a partir de restos encontrados numa caverna da França que pertenciam a dois adultos, duas crianças de cerca de 6 anos e dois adolescentes de 16.

Isso, porém, só pode ser algum tipo de brincadeira! Qualquer livro de teoria de probabilidades vai lhe dizer, logo em suas primeiras páginas, que não se pode obter conclusões estatisticamente válidas a partir de uma amostra tão incipiente. Ficamos, então, imaginando que dirão cientistas deste mesmo quilate que viverem a centenas de anos no futuro, quando descobrirem nossos esqueletos com tórax cirurgicamente secionados para dali extrairmos, de pessoas acidentadas, seus corações para serem transplantados em pacientes cardíacos. Nesse dia, talvez passemos para a história como os canibais do início do terceiro milênio, que praticavam canibalismo, comendo somente os corações dos seus semelhantes. É o vale-tudo mostrando suas garras novamente para extrair dos achados paleontológicos o que quer que seus descobridores julguem válido, a despeito do que realmente pode ser considerado como resultado da aplicação válida das normas e métodos de que se vale a verdadeira ciência.

Impressionante mesmo é a constatação de que homens de ciência, treinados para admitir somente o que reúne condições de ser classificado como científico, abandonem esses parâmetros para aceitar, de livre e espontânea vontade, o que não resiste a um mínimo de análise à luz de leis reconhecidamente científicas. A lei da biogênese, por exemplo, afirma que cada ser vivo que encontramos na natureza descende de outro semelhante a ele. Em outras palavras, isto significa que a geração espontânea, hipótese que afiramava o surgimento de seres vivos diretamente da matéria inanimada, é inteiramente falsa. Veja, porém, como o evolucionista George Wald coloca esta questão:

“A respeito da evolução espontânea, ela continuou encontrando aceitação até ser finalmente descartada pelo trabalho de Louis Pasteur – É curioso que, até bem recentemente, professores de biologia habitualmente contavam essa história como parte de suas introduções a estudantes de biologia. Eles então terminavam o relato excitados pela convicção de que haviam dado uma demonstração do aniquilamento de noções místicas através da exprimentação científica e pura.Seus estudantes costumavam ficar tão inebriados que se esqueciam por completo de perguntar ao professor como ele explicava a origem da vida. Esta teria sido uma questão embaraçosa, pois há somente duas possibilidades: ou a vida surgiu através da geração espontânea, o que o professor já havia refutado, ou então surgiu através da criação sobrenatural, o que ele provavelmente teria considerado como anti-científico. De minha parte, penso que a única posição científica sustentável é que a vida originalmente surgiu mesmo através da geração espontânea. O que a história revista demonstrou é que a geração espontânea não ocorre mais nos dias de hoje”.

Vemos, portanto, que evolucionistas são os modernos adeptos da “teoria” da geração espontânea. Eles não afirmam, é óbvio, que isso esteja ocorrendo em nossos dias. Dizem, porém, que há bilhões de anos a vida surgiu espontânea e diretamente da matéria inanimada, num lance casual que teria dado origem a um organismo unicelular, do qual descenderiam todos os outros que hoje vivem ou que já viveram no passado. É outra vez o vale-tudo em ação, afirmando algo que não pode ser provado, uma vez que postulado no mais remoto passado.

Para citar um exemplo da natureza em favor do criacionismo, lembramos que as aves constroem seus ninhos e chocam seus ovos, mas não os cucos. Suas fêmeas não são acometidas daquele estado febril que lhes permitiria chocar seus ovos. Ela então leva um de seus ovos no bico até o ninho de uma chiadeira e, para não dar na vista, o substitui por um dos ovos que lá encontra, jogando o da chiadeira fora. Esta, que de nada desconfia, se põe a chocar os ovos. Quando o pequeno cuco nasce, sendo um pássaro de porte maior, irá precisar de todo o alimento que seus pais postiços puderem obter. Ele, então, logo em seus primeiros momentos de vida, inicia um movimento circular em que lança fora ovos ou filhotes ali presentes, ficando só. Quanto tempo os membros da espécie do cuco levaram para perceber que eles não podiam chocar os seus ovos? Quanto tempo levaram para traçar um plano que resolvesse esse problema? Eles acertaram logo de primeira? E como foi que os filhotinhos se deram conta de que teriam que se livrar dos seus irmãos postiços? E como esse conhecimento passou geneticamente de geração em geração? Esse é um beco sem saída para o evolucionista: crer que essa estratégia de sobrevivência, tanto do cuco adulto, quanto do cuco recém-nascido, pode ser produto das casualidades de um contexto naturalista, é uma indicação de pouco conhecimento de matemática, em particular da teoria das probabilidades, de um mundo que é mesmo o dos contos de fadas, onde sapos viram príncipes e a teoria da evolução ganha contornos de realidade.

A ave de Mallee se constitui também em um excelente exemplo do modelo da criação, uma testemunha incontestável do Criador que, no princípio dos tempos, deu origem à imensidão do universo em que nos encontramos. Por razões de espaço, na ocasião fomos obrigados a dividir este vídeo em três partes que foram alocadas no Youtube e que estão abaixo disponibilizadas:

http://br.youtube.com/watch?v=o69JAunvssQ

http://br.youtube.com/watch?v=tD6deh5vHfI

http://br.youtube.com/watch?v=zqoRhgkMT9s

Foram fatos como os que aqui relacionamos, entre muitos outros, que levaram o evolucionista H. J. Lipson, F.R.S., em seu artigo “A Physicist Looks at Evolution”, Physics Bulletin, vol. 31, 1908, a dizer: “De fato, a evolução se tornou uma religião científica; quase todos os cientistas a aceitaram e muitos estão preparados para ‘torcer’ suas observações de modo que a ela se ajustem”. Temos continuamente afirmado que se a teoria da evolução fosse verdadeira, esta seria, ainda que amarga, uma pílula que teríamos que engolir. Estamos, porém, convictos de que essa teoria é pseudociência. Esta é a razão pela qual assumimos uma posição frente a esta controvérsia, para que nossos jovens tenham o direito de aprender, também em sala de aula, que o Criador é uma realidade e que o modelo da criação é o que corretamente explica as nossas origens. Quem analisar corretamente as evidências que a natureza nos proporciona chegará à mesma conclusão a que Lipson chegou, quando na mesma publicação acima mencionada declarou: “Penso que precisamos ir mais adiante do que temos ido e admitir que a única explicação aceitável é a criação. Sei que isto é um anátema para os físicos, e sem dúvida o é para mim também, mas não devemos rejeitar uma teoria que não apreciamos, se a evidência experimental a apóia”.

Christiano P. da Silva Neto (A QUEM MUITO ESIMO E ADMIRO DESDE 1978)

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FONTE: http://abpc.impacto.org/folha.htm

COMO HAVEMOS DE VIVER JUNTOS? “O que fazer para o casamento valer a pena (e não (só) para durar a vida inteira)”

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Introdução –
Vivemos tempos de triunfo público e fracasso íntimo. A grande pergunta que todos os que já são casados deveriam fazer é essa “Como havemos de viver juntos?”. *O verbo haver no lugar do verbo dever foi proposital, pois saber viver é uma questão de bom senso e não de dever. Nem sempre um casamento que dura tem valido a pena, mas com certeza aquele que vale a pena dura. Boa parte dos casais cristãos estão juntos por conveniência, medo, mas não por virtude (amor). Casar dentro da vontade de Deus não é garantia de sucesso. Se você pensa ao contrário, pergunte para Adão e para Oséias quando chegar ao céu (se é que você vai para lá). Se submeter à vontade de Deus para casar é apenas metade do processo, é preciso se submeter a ela para continuar casado. Então, o que se deve saber, fazer e querer para que o casamento valha a pena?

I. abandonem todas as regras se quiserem que a relação de vocês dê certo – o casamento não é um problema, é pior que isso, é um mistério. Regras não tem o poder de transformar uma relação. Não somos behavoristas. Joguem fora os manuais, não somos máquinas que precisam de ajustes, mas seres humanos que precisam de graça! Vivam por valores e princípios e não simplesmente por regras!!!

II. desapeguem-se um do outro se quiserem viver sempre juntos – duas metades não formam um inteiro. É preciso três para se tornar um. Que não seja a necessidade, mas a liberdade que os mantenham juntos. Pratiquem a filosofia do “Eu te amo, mas sou feliz sem você”. Vocês precisam estar satisfeitos em Deus para poderem satisfazer um ao outro. A porta do amor está sempre aberta para ir e para voltar. … Você sentirá ciúmes do outro, não por medo de perdê-lo, mas por receio que ele se perca. O outro não determina sua segurança, é você que cuida para dar base a ele. Não seja a falta o motor da sua existência, mas a plenitude de Deus. Viver em função do outro não é amor, é idolatria! Amar não é apoderar-se do outro para completar-se, mas dar-se ao outro para completá-lo.

III. ame seu parceiro apesar das qualidades dele – preste atenção que eu não errei não. Eu não disse para você amar seu cônjuge apesar dos defeitos que ele tem, mas apesar das qualidades. Afinal, sempre amamos algo e não alguém. Amamos o corpo (eros), mas daí vem uma doença, a velhice etc, e nosso amor perece junto. Outras vezes amamos seu discernimento, sua coragem, seu bom humor, sua sinceridade, seu romantismo (phileo), mas e se ele perder tudo isso? O que sobra? O amor de Deus (agapao) ama alguém e não algo, ele vai além do corpo e da alma, ele toca o espírito, onde está o ‘EU’ oculto. Há um amigo meu que casou há algum tempo com uma mulher mais velha, e hoje essa diferença de idade está pesando, e para piorar ela está doente e ele me disse que deixou de ser um marido para se tornar um enfermeiro. Mas na verdade ele nunca foi um marido, pois é nessa hora que ele deveria revelar-se como tal. Se amarmos somente a aparência ou as qualidades, estamos nos colocando em vulnerabilidade, pois sempre haverá quem seja mais belo ou mais virtuoso. Não é uma questão de compaixão, é uma questão de amor. Não ame seu parceiro porque ele é bom ou belo, mas para torná-lo bom e belo. O verdadeiro amor diz “preciso de ti, porque te amo”, o amor fraco diz “eu te amo, porque preciso de ti”. Não ames pela beleza, pois um dia ela acabará. Não ames por admiração, pois um dia desiludir-te-ás. Ama apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação.

IV. aprendam a morrer se quiserem saber viver – a lição de como viver não está nas escolas ou nas academias. E por mais irônico que seja, somente quem aprendeu a morrer, ou seja, orienta sua vida sob essa perspectiva do fim, pode começar a viver. Vivam cada dia, não como se fosse a primeira vez, mas como se fosse a última. Nosso maior medo não é mais o de morrer, mas o de morrer sem nunca ter vivido. Mas só viveremos intensamente quando tomarmos consciência da brevidade e transitoriedade da nossa existência.

V. é preciso mais do que tirar a roupa para fazer sexo no casamento, é preciso tirar as máscaras – entregar o corpo sem entregar a alma no casamento é prostituição legalizada. Aquele que conheceu apenas a sua mulher, e a amou, sabe mais de mulheres do que aquele que conheceu mil. Mais do que dividir a cama, é preciso dividir o coração. Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal. Ser verdadeiro não é o mesmo que ser sincero. Muitos maridos se masturbam em cima de suas esposas, mas não fazem sexo com ela. Dividem a mesma cama, mas não o coração. O prazer do sexo é um efeito colateral, não alvo na relação. Quando o sexo é feito sem reverência e sem honra, ele se torna lascívia.

VI. pratiquem a aceitação inconformada – não é o perfeito que precisa de amor, mas o imperfeito. Amar é aceitar o outro como é, mas não deixá-lo como está. O amor é por natureza transformador.

VII. casamentos acabam não pelo mal que fazemos um ao outro, mas também pelo excesso de bem – cuidado com a necessidade de se sentirem necessários. Não trate seu parceiro como um animal de estimação. A finalidade do doar no casamento, não é tornar o outro dependente de nós, pelo contrário, sua finalidade é tornar-nos supérfluos. Precisamos doar com a finalidade de alcançar a recompensa de que o outro não precise mais de nós.

Conclusão –
Lembre-se que Deus pediu para você amar sua esposa, não para compreendê-la.

Por Anderson Zem
http://estudos.gospelmais.com.br/como-havemos-de-viver-juntos.html

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